Costume Blue: lançado novo clipe para a faixa "Chão"
Por JC Araujo
Postado em 24 de fevereiro de 2021
Press-release - Clique para divulgar gratuitamente sua banda ou projeto.
A morte de um pai, o nascimento de uma filha. Tais acontecimentos se deram praticamente ao mesmo tempo para o letrista e baterista da Costume Blue, Cristiano Araujo, em 2017. Chão, faixa do álbum lançado em 2019, Ausência – título que sintetiza, aliás, a ideia de perda –, foi o modo com que o músico buscou artisticamente sublimar essa dualidade, conviver com sentimentos tão intensos e contrastantes. Viver o luto? Saudar a vida?
Passados quatro anos, a canção ganha versão em clipe no canal Youtube da banda, com direção de Gabby Vessoni, artista radicada no Rio de Janeiro. Sem contar com imagens de shows atuais da Costume Blue, a videomaker (e cantora) compôs um painel em que a sucessão dos quadros sugere dualidade e ambiguidade. Combinou imagens da natureza (vida?), captadas pelo próprio letrista, e da solidão das cidades (morte?), obtidas em bancos de vídeos, que se amalgamam a imagens (de arquivo) da Costume Blue nos palcos.
Viver o luto? Saudar a vida? Se a letra de Chão (a partir da melodia de Marcelo Bulhões) é tomada pelo dualismo e pela aceitação do próprio impasse, o lançamento do clipe no atual momento – de um rastro avassalador de mortes pela Covid e da chegada de uma vacina – deslocou para contornos amplos (impossíveis de prever quando a canção foi lançada) a dualidade morte/vida.
Pedestres dispersos em qualquer cidade do mundo, um tronco de árvore, a mudez de um inseto, a solidão do rosto de uma mulher, a visão noturna de carros anônimos em uma avenida, uma revoada de pombos, a silhueta de uma bailarina – tais "quadros" formam um painel em que a própria indeterminação é afirmada. E se a melancolia da melodia é contrabalançada com lampejos de "esperança" por versos da letra ("o sol para avivar a velha estrela", "brilho manancial", "alteza em seu olhar", "no fio da tarde, recolhe a minha mão"), as imagens do clipe levam o espectador/ouvinte a "não tomar partido", ao mesmo tempo em que parece se combinar com a riqueza e amplitude sonora dos arranjos do tecladista Ricardo Marins. Assim, sugere uma experiência de celebração da "insustentável leveza" da vida e no que nela há de inevitável, a morte (o que não se confunde com aceitação da barbárie). No fim – talvez – celebração da própria beleza da finitude.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
A melhor música de "Let It Be", segundo John Lennon; "ela se sustenta até sem melodia"
Guns N' Roses homenageia seleção brasileira de 1970 em cartaz do show de São Paulo
Megadeth tem show confirmado em São Paulo para 2026
Trivium agradece Greyson Nekrutman e anuncia novo baterista
"Um cantor muito bom"; o vocalista grunge que James Hetfield queria emular
Helloween retorna ao Brasil em setembro de 2026
As 10 melhores músicas do Iron Maiden, de acordo com o Loudwire
Os 75 melhores discos da história do metal, segundo o Heavy Consequence
Site americano elege melhores guitarristas do metal progressivo de todos os tempos
As 15 bandas mais influentes do metal de todos os tempos, segundo o Metalverse
A canção do ZZ Top que, para Mark Knopfler, resume "o que importa" na música
A banda em que Iron Maiden se inspirou para figurino na época do "Piece of Mind"
Robert Plant revela o último álbum do Led Zeppelin que ele achava ter sido bom
O megahit dos Beatles que Mick Jagger acha bobo: "Ele dizia que Stones não fariam"

Ocultismo e Satanismo no Rock e Heavy Metal
Lista: 18 bandas de rock e metal que nunca mudaram sua formação
Rock: discos e bandas que mais venderam em todos os tempos
Joe Satriani: a diferença entre dar aula pra Steve Vai e Kirk Hammett
Assista Ivete Sangalo cantando "Dead Skin Mask", do Slayer
Kiko Loureiro, do Angra, relembra o tempo de Dominó


