Sonia Anubis denuncia abusos no Burning Witches: "Tratam músicos como lixo; pior que a Dogma"
Por Emanuel Seagal
Postado em 10 de dezembro de 2025
Sonia Anubis é conhecida do público brasileiro por sua passagem pela Crypta entre 2019 e 2022 e pelo Cobra Spell, banda que fundou em 2019 e que retornará ao Brasil como uma das atrações do Bangers Open Air 2026.

Antes de integrar a Crypta, a guitarrista fez parte do grupo feminino Burning Witches, com o qual gravou os álbuns "Hexenhammer" e "Dance With The Devil". Ao responder a uma sessão de perguntas em seus stories no Instagram, Sonia compartilhou experiências traumáticas vividas durante sua passagem pelo grupo suíço. Os relatos levaram fãs a traçarem paralelos com a banda Dogma, outro grupo formado somente por mulheres que recentemente se envolveu em polêmicas após acusações de abuso contra seu empresário.

Confira abaixo a transcrição dos relatos feitos por Sonia Anubis.
"Eu nunca fui paga pelo Burning Witches como membro oficial e nunca soube a razão - talvez vocês devam perguntar para a banda. Eu me comprometi integralmente e fui forçada a fazer várias coisas, como:
- Eu não tinha permissão para me apresentar sem maquiagem; o empresário delas dizia que eu ficava feia sem ela e faria papel de idiota.
- Eu era forçada a tocar de pé o tempo inteiro, inclusive em vídeos pessoais de guitarra.
- Eu era proibida de dar entrevistas porque diziam ser ruim falar das minhas influências, pois não estavam alinhadas com as delas.
- Era tratada de uma forma muito rude e ofensiva - ao ponto de passar muitos momentos chorando nos bastidores.
- Eu não tinha permissão de usar meu nome artístico.
- Nunca fui paga pelas minhas gravações nos álbuns dos quais fiz parte.
A lista continua e eu nunca falei a minha verdade na Internet pelo medo que me causaram. Luto diariamente com a experiência horrível que tive no Burning Witches. Elas destruíram o que era meu entusiasmo juvenil. Elas zombaram da minha felicidade. Cada parte única que me fazia brilhar era uma ameaça para elas - sempre encontravam um jeito de me quebrar e me diminuir.
Estou lutando diariamente para recuperar isso. E eu vou à terapia por isso.
Talvez isso ajude muitos de vocês a entenderem o motivo de eu relutar em tocar em bandas lideradas por outra pessoa. Tenho muitos traumas com isso e não consigo mais fazê-lo por causa de como estou assustada e traumatizada por isso.
Eu continuarei tocando na minha própria banda e/ou em carreira solo porque me sinto segura. A música é muito significativa para mim - e eu só não quero mais o risco de ser machucada."
Questionada por um fã se a situação do Burning Witches era similar à do Dogma, Sonia foi enfática: "Burning Witches é pior. As integrantes do Dogma ao menos foram pagas e tinham um contrato que verbalizava seus termos. Eu não tinha nada. (Apenas) uma guitarra Jackson que comprei com o dinheiro que juntei do meu trabalho de desenvolvedora web e uma quantidade infinita de paixão e motivação".
A guitarrista postou também uma foto da Burning Witches tocando no festival alemão Wacken Open Air, afirmando não ter sido paga por esse show ou "inúmeros outros". "Isso não era uma banda 'novata' que 'não tem como pagar'. Isso era uma banda corrupta que trata músicos sensíveis como lixo", concluiu.
Até a publicação desta matéria, a banda Burning Witches ou seus representantes não se pronunciaram oficialmente sobre as declarações de Sonia Anubis.
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