Death Metal Underground: página prega o fim da cultura das listas
Por Vagner Mastropaulo
Postado em 30 de abril de 2021
Digamos que esta é nova, embora nem tanto, pois em 22/12/17 (só nos deparamos com a pérola agora!), Brock Dorsey redigiu "Trendkillers #1 – Death To The List Culture!" para o Death Metal Underground e, como o título sugere, detonou as listas (vejam só o ultraje!), que, a rigor e democraticamente falando, ninguém é obrigado a curtir, de fato. Especificamente, a treta é com "a mais cansativa e sem sentido tradição de final de ano na cultura metal – a lista com o top 10. Ou seria uma lista de top 20, top 40 ou top 100?". Que coração peludo, meu "xóvem"!
Só de sacanagem, pegamos os principais argumentos (alguns irrefutáveis, é verdade) e... os listamos! Que o autor não descubra, mas fazer o quê? Fica fácil para ler, não? Antes de prosseguirmos, um mea culpa: não é raro este escriba publicar o que está à mão mesmo e, admitamos, são textos de primeira de terceiros? Vamos a um resumo livremente traduzido do original em inglês, como questionamentos ou afirmações.
1) cem álbuns de death metal são mesmo lançados num ano?;
2) blogs tentam sinalizar com quantos álbuns estão familiarizados?;
3) bandas e músicas consideram listas a jóia da coroa de sua existência como a única chance de fazer jus a seu narcisismo e reafirmar importância;
4) listas freqüentemente são sobre quem o editor é mais chegado e não necessariamente sobre os melhores álbuns;
5) ou então elas são sobre quem comprou mais espaço para anúncios no fanzine;
6) ou qual garota das relações públicas tinha o decote mais cavado [nota: na boa, este ponto de vista é deveras machista – fala sério!];
7) seria coincidência o editor da "Decibel Magazine" estar numa banda Top 10 da revista?;
8) a internet está tão super saturada de listas que estar em uma praticamente não tem sentido – todo site, jornalista ou músico de metal tem uma;
9) Listas não importam, nunca importaram, nunca importarão e são apenas um meio de transformar a arte em louvor;
10) como ouvinte, você não precisa de alguém para lhe dar uma hierarquia de quais álbuns gostar este ano – fomos libertados desde a queda da indústria no final dos anos 90.
Até havia outros pontos, mas o mal amado surta de vez ao mandar os sites de metal enfiarem as listas... você pode bem imaginar onde. Por fim, ironicamente, o que temos ao pé da postagem? A cereja do bolo: uma lista (que disparate!... como ousam?) com comentários sobre o conteúdo batizada "29 thoughts on ‘Trendkillers #1 – Death to List Culture!’". Ou aí seria uma mera "contagem", algo em defesa da arte, como uma "licença poética"? Pode isso, Arnaldo? Agindo assim "coerentemente", vão seguir no underground...
Fonte: Site Death Metal Underground
http://www.deathmetal.org/article/death-to-list-culture
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