Casagrande: como George Harrison e Serginho Groisman deram força à reabilitação dele
Por Igor Miranda
Postado em 03 de maio de 2021
O ex-jogador de futebol e hoje comentarista Walter Casagrande Júnior nunca escondeu que é um grande fã de rock. O gênero musical foi muito importante em sua vida, inclusive em seu processo de reabilitação na luta contra o vício em drogas, com destaque a um trabalho de um gigante: George Harrison.
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O álbum ao vivo "The Concert for Bangladesh" (1972), do saudoso músico dos Beatles, que nos deixou em 2001, é citado por Casagrande como algo que dava conforto a ele durante a sua internação em uma clínica para dependentes químicos.
A situação foi mencionada em participação no programa "Altas Horas", da TV Globo, no último sábado (1°). A história envolve justamente o apresentador da atração, Serginho Groisman, que foi citado como o amigo responsável por dar de presente o disco de George Harrison a Casagrande.
Conforme transcrito pelo Whiplash.Net, o assunto teve início após Serginho comentar que esteve com Casagrande na clínica. "Quando o visitei, ele conseguiu transferir uma imagem muito forte: a do jogador de futebol que vive aquela sensação [...] de adrenalina, de treinar, de enfrentar torcida, ser aplaudido, entrar em campo e fazer gol, aquela loucura... aí, de repente, para (aposenta). É de uma hora para outra. Não é justificativa, mas muita gente fica perdida", afirmou Groisman.
Em seguida, o ex-jogador de futebol citou o poder da música de George Harrison em sua recuperação. "Nessa visita, você me levou um box do show de George Harrison em Bangladesh, em 1972. Eu me agarrei nas músicas do George Harrison dentro da clínica. Ouvia toda hora em que poderia estar no quarto. 'Here Comes the Sun', músicas que me traziam isso: 'cara, preciso sair daqui legal'", disse.
Casagrande, que costuma falar abertamente sobre seu vício, comentou que a dependência se agravou após ter parado de jogar futebol. "Vou falar do atacante. O gol é um prazer imediato. A torcida explode, seu prazer vai lá em cima, bate no teto e logo depois cai e volta ao normal, pois o jogo continua. São picos de prazer que o jogador de futebol tem. Mesmo que você se prepare para não jogar mais, esse pico de prazer vicia", explicou.
Mesmo buscando outras atividades após sua aposentadoria do futebol, o ex-jogador passou a sentir "um buraco enorme" dentro de si. Apenas durante a terapia em reabilitação, ele percebeu que precisaria encontrar outras atividades, que não fossem o trabalho, para preencher esse "vazio".
"Descobri o prazer no cinema e no teatro. Você vai em direção a alguma coisa que você não sabe o que vai acontecer. Sentia um prazer de verdade. E hoje isso me dá prazer até dentro da minha casa. Vi os filmes do Oscar, acabava e parecia que eu estava nas nuvens. É assim com tudo que faço. Acordo e falo: 'que legal, vai acontecer um monte de coisas na minha vida em que vou ficar feliz'. O buraco que eu tentava tapar está lá, esquecido. Encontrei outros prazeres", pontuou.
Casagrande e John Lennon
Na sequência, outro lendário músico dos Beatles foi citado na conversa entre Casagrande e Serginho Groisman: John Lennon.
O apresentador do "Altas Horas" relembrou da ocasião em que trabalhava em uma rádio e entrevistou o ex-jogador antes de uma partida. Em vez de perguntar sobre o jogo, ele buscou fazer uma conexão entre Lennon, cuja morte completava aniversário naquela ocasião, e a postura do atleta diante do desafio que iria enfrentar.
"Eu trabalhava em rádio e o Casão entrou em uma final contra o São Paulo. Era o aniversário de morte do John Lennon. Todos os repórteres correram para ouvi-lo sobre o jogo e eu perguntei: 'Casagrande, o que foi John Lennon em sua vida? Qual a relação entre o que ele te ensinou e sua tranquilidade hoje?'", disse Serginho.
Na época, a resposta de Casagrande à pergunta de Groisman foi: "Estou tranquilo. Ele foi um vencedor, não foi? Acho que também sou. Vou tentar vencer hoje para tentar mais uma prova de que vim para vencer".
O trecho do "Altas Horas" transcrito acima pode ser assistido no site do Gshow.
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