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StomachalCorrosion: confira entrevista com o guitarrista Charlie Curcio

Por Mário Pescada
Postado em 15 de novembro de 2021

Charlie Curcio, guitarrista do STOMACHALCORROSION (tudo junto mesmo, batizo inspirado nas letras do CARCASS e CORROSSION OF CONFORMITY) é também o fundador dessa que é a primeira banda de grindcore do Nordeste e uma das primeiras do país, possuindo vasta discografia (dois discos, uma série de splits, K7´s, EP´s, demos, DVD, etc.).

Recentemente, Charlie se arriscou na literatura, liberando quase que de uma vez dois livros: a sua biografia "Ainda...Uma Vida Em Um Meio" (2020) e a biografia da sua banda, "La Teroro Estas Viva" (O Terror Está Vivo, em esperanto, língua usada pela banda em suas letras, além do inglês e português; 2021).

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Mário Pescada (MP), colaborador do 80 Minutos, foi atrás de Charlie Curcio (CC) para saber sobre seus livros, a cena underground, sua amizade com Jan Fredericks (AGATHOCLES), como vai o STOMACHALCORROSION e mais, confira!

(MP) Bem-vindo ao 80 Minutos, Charlie Curcio! Vamos começar pela sua biografia, "Ainda...Uma Vida Em Um Meio" (2020, independente). Seu primeiro contato com o rock foi através do KISS, coincidentemente, o meu também, pelo mesmo disco "Creatures Of The Night" (1982) e também graças a uma prima (impedida de ir ao show no Mineirão graças aos boatos de que a banda era "satânica"). Houve uma geração de bandas que surgiram graças a vinda deles ao Brasil em 1983, não é?

(CC) Costumo dizer que a vinda do KISS em 83 ao Brasil foi o estopim para praticamente tudo que temos até hoje em termos de música e os grandes festivais. Toda a mídia gerada para aqueles três shows orientou todo um enorme sistema, direta e indiretamente. Até o Cassino do Chacrinha (nota: antigo programa de auditório da Tv Globo) apresentava bandas de Rock com a mesma naturalidade que um Roberto Carlos ou Sidney Magal. Surgiram bandas cultuada até hoje, como BLITZ, TITÃS, KID ABELHA, ULTRAJE A RIGOR, RÁDIO TAXI, ERVA DOCE, etc. E incentivou o surgimento de bandas de Metal como o SEPULTURA e tantas outras.

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(MP) Você era tão fã dos caras que até fez a mão uma camisa da banda e tinha o apelido de Charlie Simmons...

(CC) Na verdade, eu pintei porque não tinha grana para uma original (risos). Na época eu já ouvia muitas bandas Thrash e do início do Death e Black Metal, então queria mesmo uma de alguma banda mais pesada, como DESTRUCTION ou POSSESSED. O lance do pseudônimo foi total influência do meu amigo Renato (Animal Fucking Death Banger) e de um correspondente que usava Stanley de falso sobrenome.

(MP) No começo, você era da galera do metal, mas com o tempo, foi incorporando o punk/hardcore no gosto e estilo de vida. No livro, há relatos de presepadas de gente do meio, que deveria ajudar, divulgar, apoiar. A convivência no underground é complicada?

(CC) Eu sempre me preocupei demais com as pessoas e o que elas acham disso e aquilo, então hoje vejo que se eu fosse mais desligado, como muitos caras, talvez não tivesse me aborrecido tanto. Convivo neste meio há tantos anos, já vi tantas regras e mudanças que acabo vendo certas coisas nas redes sócias de hoje em dia que penso: Isso vem se repetindo há tantos anos, jovem, só mudou de roupa e gírias! A convivência não é complicada apenas no meio underground, mas quando nos relacionamos e damos atenção a quem menos merece. Ainda hoje temos mentirosos, posers, defecadores de regras, geradores de boicotes idiotas, fofoqueiros e toda essa gente que impregna o meio social desde que o ser humano existe e a primeira guitarra foi ligada. Há de saber desvencilhar desses derrotados.

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(MP) Você não escondeu a relação conturbada com seu pai, pessoa rígida e tradicional, que não aceitava seu estilo e gosto musical. Contou alguns episódios bem pesados, como quando ele pôs fogo na sua grande coleção de quadrinhos. Você chegou a morar de favor, tinha dois empregos e ainda assim ia levando a banda. Tem uma frase sua que achei muito emblemática, resume bem tudo isso que você viveu: "Eu era o extrato daquilo que todos achavam legal, mas ninguém queria ser". Foi difícil para você recordar aqueles anos difíceis?

(CC) O mais legal deste livro foi receber várias declarações de que minha história ali retratada sem disfarces ou meias palavras, se assemelha às destas pessoas. Vivíamos uma época de transformações e conflitos de gerações. Eu realmente tive problemas com meus pais, mas sempre os entendi e perdoei. Aprendi, logo cedo, que o meio da música pesada deveria prevalecer a sabedoria e o respeito. Eu nunca quis que meus pais passassem a gostar das bandas que eu ouvia. Meu pai queimou minha coleção de artigos das bandas (pôsteres, revistas, álbuns de figurinhas, fanzines, etc. E sim, eu enfrentei uma fase horrível na vida, tudo em nome da dedicação tanto à minha banda, como ao curso de jornalismo. Hoje vejo "patricinhas" e posers metidos aos "bambambam do movimento" cobrando isso e aquilo do conforto dos seus celulares em seus quartos. Nunca vão ter e menor noção do que a geração anos 80/90 passou para que tudo chegasse onde está. Mas, cada tempo com suas realidades.

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Para ler o restante desse aberto bate-papo, acesse o site do 80 Minutos!

Confira o vídeo da faixa "Mental Despain", faixa do disco "StomachalCorrosion" (2018).

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FONTE: 80 Minutos
https://80minutos.com.br/interview/103

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Sobre Mário Pescada

Mineiro, leitor compulsivo, ouvinte de todas as vertentes do rock - do blues ao grindcore. Valoriza mais a honestidade e entrega em cima do palco do que a técnica. Guarda os flyers dos shows que vai como se fossem relíquias.
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