Brian May conta como foi produzir "Made in Heaven" após a morte de Freddie Mercury
Por André Garcia
Postado em 01 de maio de 2022
O mundo da música foi pego de surpresa no dia 24 de novembro de 1991 com a morte de Freddie Mercury; no dia seguinte à revelação pública de que ele tinha AIDS. Seus companheiros de banda já sabiam que seu estado era terminal, e que sua morte era questão de tempo, mas isso não ajudou a aliviar o choque e o luto para eles.
Eventualmente, os integrantes remanescentes do Queen voltaram a se reunir para finalizar e produzir o último trabalho, que o vocalista infelizmente não teve tempo de concluir. Assim, em 1995 foi lançado "Made in Heaven", que, conforme o guitarrista Brian May contou ao Express, foi um longo e doloroso processo.
"Eu e Roger [Taylor] reagimos de forma completamente exagerada à morte de Freddie, se é que se pode dizer isso. Em outras palavras, nós fomos tão longe para tentar esquecer aquilo que exageramos no luto, nós meio que chegamos a negar a existência do Queen."
"Então voltar e finalmente encarar e produzir aquele último álbum do Queen", continuou, "'Made in Heaven' foi, ao mesmo tempo, maravilhoso e terrível. Maravilhoso porque resgatava todos aqueles últimos esboços que criamos nos momentos finais que estivemos com Freddie. E terrível porque passávamos o dia inteiro ouvindo a voz dele, polindo ela, lapidando… mas ele não estava lá. No final do dia, não dava para perguntar a ele: 'Ficou bom, Freddie?'"
"Aquilo foi muito duro. Foi bastante doloroso por um bom tempo. Foi um grande esforço de amor que por cerca de um ano e meio eu e Roger fizemos", concluiu ele.
Décimo quinto álbum do Queen, "Made in Heaven" foi lançado em 6 de novembro de 1995, contendo a faixa mais curta da banda ("Yeah", com 4 segundos) e a mais longa ("Hidden Track", com quase 23 minutos). "Heaven for Everyone" chegou ao #2 nas paradas de sucesso do Reino Unido.
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