As 8 músicas que Alice Cooper levaria para uma ilha deserta
Por André Garcia
Postado em 10 de setembro de 2022
Um dos maiores nomes do rock americano no começo dos anos 70, Alice Cooper se especializou em provocar repulsa, revolta e admiração nas pessoas — no palco e fora dele. Com letras que misturavam monstros dos filmes de terror com serial killers dos jornais, ele realizava verdadeiros espetáculos em seus shows, misturando teatro e efeitos especiais.
Atualmente, o veterano é um dos mais respeitados e influentes nomes do rock. E em 2010, para a BBC Radio, ele listou oito músicas essenciais, daquelas que ele levaria para uma ilha deserta.
Happenings Ten Years Time Ago (Yardbirds)
"Bem, Yardbirds era nossa maior influência. Quando éramos moleques aprendemos todas as músicas dos Beatles, aprendemos todas dos Rolling Stones… Aquelas eram as bandas obrigatórias, tudo que você precisava conhecer, a partir dali você ia desenvolvendo seu próprio estilo. The Who e Yardbirds foram duas bandas que literalmente nos fizeram parar o carro e ficar, tipo: 'O que foi aquilo?' E essa música, em específico, até hoje ninguém fez algo tão inventivo quanto."
I Get Around (Beach Boys)
"Quando tinha 12 anos, eu morava em Van Nuys, Califórnia, e os Beach Boys eram a parada antes dos Beatles. 'I Get Around' saiu e era diferente de tudo que havia na época. Aquilo era algo que falava por todos os garotos, sabe? 'Estou ficando de saco cheio de dirigir sempre pelo mesmo caminho. Tenho que encontrar um novo lugar onde a garotada seja legal.' Aquilo fala diretamente comigo até hoje. Toda vez que aquela música toca, eu aumento o volume."
I’m a Boy (The Who)
"O The Who possuía uma estranha combinação: eles podiam tocar músicas pauleiras como 'My Generation', mas também tinham um lado pop. Eles lançaram músicas que eram muito boas, como 'Substitute'. Eu escolhi 'I'm a Boy' porque era totalmente invasão britânica."
Timer (Laura Nyro)
"Laura Nyro talvez seja a compositora mais subestimada de todos os tempos. Nos dois primeiros discos dela todas as faixas são hits. O segundo, 'Eli and the Thirteenth Confession' me pegou pela garganta, tipo Burt Bacharach, sabe? Ela era a Burt Bacharach feminina. Ouvi aquele disco até arranhar."
21st Century Schizoid Man (King Crimson)
"Nossa banda devorava discos, nós amávamos os que vinham na Ingleterra. As bandas inglesas eram muito criativas, e elas estavam fazendo todo tipo de coisa. Nós ouvimos o In the Court of the Crimson King, do King Crimson, e de cara veio a música '21st Century Schizoid Man'. Eu disse 'Ninguém consegue tocar assim'. Eu já tinha ouvido milhares de bandas, tirando Frank Zappa & The Mothers, ninguém podia tocar como King Crimson. Então eu fiquei literalmente sem palavras."
Been Caught Stealing (Jane’s Addiction)
"Outra música que me fez literalmente parar o carro, que era diferente de tudo. Não era como qualquer outra coisa que eu já tivesse ouvido, e até hoje ainda é umas das únicas músicas já feitas."
Work Song (Paul Butterfield Blues Band)
"Paul Butterfield era a versão americana dos Yardbirds. O que Paul Butterfield Blues Band fez com o rock e blues foi de explodir a cabeça."
Ballad of a Thin Man (Bob Dylan)
"Bob Dylan, o laureado poeta americano, ele é tão rebelde, e mesmo assim, se você prestar atenção, tem tanta coisa rolando nas letras desse cara, ele está entre os melhores. Eu tive que escolher uma, mas poderia ter escolhido 50 músicas diferentes de Dylan. Entretanto, por algum motivo essa música sempre me assombrou."
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