Thiago Bianchi conta como deixou de tentar vaga no Angra por pressão de Aquiles Priester
Por Emanuel Seagal
Postado em 16 de outubro de 2022
O vocalista e produtor Thiago Bianchi (Noturnall, ex-Shaman) participou do Ibagenscast, onde bateu um papo com Manoel Santos. Durante a conversa o apresentador relembrou que com a saída do vocalista Edu Falaschi o Angra faria um reality show para encontrar um substituto, e entre os nomes cotados estavam Bruno Sutter (Massacration), Alírio Netto (Shaman, ex-Age of Artemis) e o próprio Thiago.
Antes do baterista Aquiles Priester juntar-se ao Noturnall ele tocou com o Angra por muito tempo, e ao longo dos anos farpas foram trocadas dos dois lados, e acabou sobrando pro Noturnall. "Quando o Aquiles (Priester) veio tocar batera conosco no Noturnall isso gerou um mal-estar incrível com o pessoal do Angra porque o Aquiles ODIAVA o pessoal do Angra. Eu não sei como é hoje em dia, mas naquela época ele não queria saber dos caras, e a recíproca era verdadeira. O Felipe (Andreoli) não se dava bem mais com o Aquiles e o Rafael não se dava bem com o Aquiles de jeito nenhum, e quando pintou o contato do Rafael eu fiquei muito encafifado daquilo ser uma armadilha pra me fazer passar ridículo", relembrou o vocalista.
Embora estivesse desconfiado, a princípio Thiago não deixaria a oportunidade passar e comparou o reality show do Angra com o do Dream Theater, do qual Aquiles fez parte em 2011. Na ocasião, Aquiles e outros bateristas tentaram, mas a vaga ficou com Mike Mangini (ex-Annihilator, ex-Extreme), que não largou as baquetas do Dream Theater até hoje.
"O Aquiles afrontou muita gente por estar tocando conosco (no Noturnall) e quando falei com ele sobre o Angra, eu falei: 'Ó cara, eu recebi um convite.' O Angra é uma banda que se eu disser pra você que eu nunca quis cantar eu vou estar mentindo, porque é claro, que vocalista que se preze, que tem uma carreira no metal não sonha em cantar no Angra? Quem sentar e falar aquilo é mentira, porque todo mundo sempre quis o lugar dos caras, a diferença é como as pessoas agiam. Tinha muita gente que ia por trás do Edu, do Andre, e tentava limar os caras. Não era meu caso, era somente uma banda pela qual eu sempre tive muito carinho e respeito", explicou.
Quando a oportunidade apareceu, Thiago se reuniu com seus colegas do Noturnall, os informou sobre o convite e gravou um vídeo cantando as músicas "Carry On" e "Stand Away". "O Rafael (Bittencourt) se empolgou, achou legal e falou, 'Beleza, vamos fazer', e realmente passou a me contar como uma das pessoas pra entrar na banda", comentou. O desentendimento com Aquiles ocorreu após essa reunião, quando ele teria dito "Se você — não é nem entrar, se você fizer esse teste eu não vou mais tocar com vocês." Colocado contra a parede, Thiago achou melhor não trocar o certo pelo duvidoso e escreveu um e-mail para o Rafael se retirando da disputa, decisão da qual ele se arrepende.
O vocalista gostaria de ter participado do Angra, mesmo que por um curto espaço de tempo, e embora deixe para o público julgar suas habilidades vocais, ele garante que a banda teria grandes projetos com ele. "Eu acho que minha mistura com o Rafael e o Felipe teria dado muito certo, porque eu tenho essa minha parte de correria, parte social, política, correr atrás de coisas incríveis, fazer coisas grandiosas, não ter medo de 'não'. Acho que se eu tivesse entrado no Angra teríamos feito uma das melhores fases da banda, com certeza", contou. Parte dessa confiança é fruto do seu trabalho com o Angra como produtor do seu sexto álbum, "Aurora Consurgens", além de outras obras de músicos da história da banda, como Kiko Loureiro, Aquiles Priester, Rafael Bittencourt, e Edu Falaschi.
Veja o trecho da entrevista onde a dupla conversa sobre a relação do Thiago Bianchi com o Angra e Aquiles Priester clicando no player abaixo.
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