Brian May conta que aprendeu com Rory Gallagher a "não ser um c*zão"
Por André Garcia
Postado em 08 de novembro de 2022
O guitarrista Brian May, por sua carreira ao lado de Freddie Mercury no Queen, é amplamente considerado um dos maiores guitarristas britânicos. E não é para menos, com seu timbre inconfundível, seu fraseado lírico e seu estilo sinfônico, explorando camadas entrelaçadas de guitarra.
Isso sem contar que era ele o membro que puxava a sardinha musical da banda para a brasa do rock pesado, como em faixas como "Stone Cold Crazy", "Brighton Rock" e "Ogre Battle".
Como nenhum homem é uma ilha, até mesmo o mais influente dos artistas é influenciado por outros artistas. Com Brian May não poderia ser diferente, e um dos nomes que ele exalta como grande influência é o guitar hero irlandês Rory Gallagher — que conheceu pessoalmente enquanto tocava com o Taste no Marquee Club, em Londres.
Em vídeo disponível no YouTube, May relembrou quando conheceu Gallagher, contou como ele o influenciou, e declarou: "Outra coisa que eu aprendi com Rory foi a não ser um c*zão. Sabe, muita gente quando uma pessoa pergunta 'Posso falar com você?', diz 'Não, estou ocupado'. Rory sempre era gentil, ele sempre tinha tempo para seus fãs e nas muitas, muitas vezes em que o encontrei, sempre foi a mesma coisa."
"Acho que a última vez que cruzei com ele foi em algum estúdio, e foi a mesma coisa 'Oh, eaí Brian! Como é que tá?' Ele era um gentleman. Percebi que ele estava me tratando do mesmo jeito de quando eu era um moleque e ele um astro, no Marquee. Ele sempre foi educado, sempre foi atencioso, sempre tinha tempo para falar com você..."
"Foi isso que eu aprendi com Rory", concluiu.
Reverenciado por nomes como Gary Moore e The Edge como o maior guitar hero irlandês, Rory Gallagher nasceu em 1948. Após iniciar sua carreira musical em 1963, formou o power trio Taste em 66, com o qual conquistou notoriedade. Em 1968, a banda abriu para o Cream em seu show de despedida, e em 1970 tocou no lendário Isle of Wight Festival.
Após a separação da banda, como o artista solo ele seguiu em ascensão, chegando em meados dos anos 70 a ser cotado para substituir Mick Taylor nos Rolling Stones. A partir dos anos 80, por outro lado, sua carreira entrou em declínio com as mudanças da indústria fonográfica e o blues sendo considerado antiquado.
Em 1995, passou por um transplante de fígado, no ano seguinte morrendo aos 47, por complicações do processo cirúrgico. Reverenciado por músicos como Eric Clapton e Brian May, atingiu o status de cult com o passar do tempo. Embora não tenha recebido em vida o merecido reconhecimento, hoje já vendeu mais de 30 milhões de álbuns pelo mundo.
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