Red Hot Chili Peppers: Para Anthony Kiedis, a fama "não é realmente horrível"
Por André Garcia
Postado em 05 de novembro de 2022
O Red Hot Chili Peppers mais uma vez realiza uma turnê mundial, dessa vez para promover o álbum "Unlimited Love" (2022). Dessa forma, dar entrevistas se torna tão parte da rotina de seus membros quanto tocar.
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O vocalista Anthony Kiedis, em recente entrevista ao Joe Rogan Podcast, disse que a fama é tanto "maravilhosa" quanto "horrível", mas em seguida voltou atrás: "não é realmente horrível."
"A fama é maravilhosa e horrível ao mesmo tempo; os olhos do público, em específico. Não sei se eu abriria mão, porque é algo que vem acompanhado de alegria, coisas legais, e é uma experiência única... mas eu amo o anonimato — cada pedacinho dele. Eu adoro sair pelo mundo e ser só mais um."
Ao ser questionado se ainda hoje, após décadas como um rockstar, ele ainda consegue se manter anônimo em algum lugar, ele respondeu:
"Sim. Não frequentemente, mas quando posso, eu amo. Não preciso nem ficar me escondendo, para mim a abordagem oposta é o que te torna invisível. Você está lá cuidando da sua vida, e se camufla. Los Angeles [cidade onde morou desde os 11 anos], California, é o lugar onde sou menos notado e incomodado. [Lá eles vivem] em uma bolha, são obcecados por eles mesmos... não poderiam se importar menos. Mas no instante em que piso em Nova Iorque [as pessoas dizem]: 'Hey, Kiedis! Te vi na televisão!'
Ao ser questionado sobre o tal lado "horrível" da fama, o vocalista reconsiderou: "Falta de privacidade. Eu realmente não tenho do que reclamar, eu amo tanto o meu trabalho, nem sei o que fiz para merecer isso... Horrível? Talvez eu tenha exagerado com essa palavra. Não é realmente horrível, se você parar para pensar. Não, eu retiro o que disse. Às vezes eu sou tímido, recluso e só quero ficar na minha. Então, pessoas querendo tirar fotos ou que eu converse com sua namorada no telefone [faz cara de desânimo]... é um pequeno preço [a se pagar]."
Ainda na mesma entrevista, Kiedis disse que foi com seus colegas de banda que aprendeu a trabalhar duro: "Aprendi com os caras da banda. Eles trabalham duro, eles são obcecados por praticar, aprender, expandir seus horizontes, evoluir e atingir aquilo que não se pode ver ou de fato compreender."
Red Hot Chili Peppers
Considerado a personificação do rock californiano, o Red Hot Chili Peppers foi formado em 1983 por Anthony Kiedis e Flea. Desde o princípio, a banda sempre teve em seu DNA a mistura de ritmos, especialmente punk rock, funk e rap.
Com a entrada de Chad Smith na bateria e John Frusciante na guitarra, no começo da década seguinte eles chegaram ao estrelato com "Blood Sugar Sex Magik" (1991), alavancado por estrondosos hits como "Give It Away" e "Under the Bridge".
Por mais que a década de 90 tenha começado bem, ela reservava para a banda um inferno astral. Após a saída de seu guitarrista em 1992, lançou "One Hot Minute" (1995) — com Dave Navarro na guitarra —, que foi muito mal recebido e derrubou a popularidade do quarteto. Quando parecia que tudo estava perdido, com o retorno de Frusciante e o lançamento de "Californication" (1999), a banda fez mais sucesso do que nunca. Essa nova fase rendeu ainda "By The Way" (2002) e "Stadium Arcadium" (2006).
Com a nova saída de John Frusciante em 2009, assumiu a guitarra Josh Klinghoffer, que gravou "I'm With You" (2011) e "The Gateway" (2016). Com o novo retorno de Frusciante em 2019, a banda lançou "Unlimited Love" e "Return of the Dream Canteen" (ambos em 2022).
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