A característica que une sonoridade do Angra e Sepultura, segundo Bruno Valverde
Por Gustavo Maiato
Postado em 09 de fevereiro de 2023
O baterista Bruno Valverde integra atualmente o Angra e precisou recentemente substituir seu amigo Eloy Casagrande no Sepultura quando ele quebrou a perna em um acidente.
Em entrevista ao Heavy Talk, Bruno Valverde refletiu sobre essa ocasião e comparou a sonoridade do Angra e do Sepultura.
"O Eloy Casagrande se machucou feio, mas se recuperou. Ele é um excelente baterista e nossas histórias se cruzaram. Tivemos o mesmo primeiro professor, no mesmo local, em São Caetano. Cada um seguiu um estilo diferente. No caso do Sepultura, foi uma pedreira. Precisei substituir ele e foi a primeira vez que toquei thrash metal ao vivo. Eu praticava um pouco em casa, por causa da resistência. Foi um desafio incrível fazer aquilo. A música do Eloy e os arranjos são extremamente complexos. Foi algo super enriquecedor. Pensei: ‘Será que vou fazer isso?’. Eu tinha pouco tempo, mas o resultado foi positivo. O feedback da banda foi bom. Eu conheço meu trabalho e julgo minha entrega pelo menos razoável. São coisas extremas de thrash metal e complexas.
Não foi divertido, porque o Eloy tinha quebrado a perna. Conheço a família dele e tudo mais. Na real, preferia que não tivesse acontecido, óbvio. Agora, é difícil falar sobre o diferencial do Eloy num quesito técnico. Acho que posso dizer que o que faz ele ser único é o que vem da personalidade dele. Isso tem a ver com pesquisa e com o que ele ouve. Tem a ver com os desafios que você quer ter na batera e sair da mesmice. Basicamente é isso. Existem certos padrões que já foram muito experimentados por várias pessoas. Ele diz que quer ir por outro caminho. O público quer algo do mesmo padrão, mas aí alguém faz algo diferente e dá um susto. Como artista, o legal é poder desafiar essa perspectiva e previsibilidade que a pessoa tem da sua música ou da banda. Você quebrar isso. Essa é uma característica interessantíssima do Sepultura que o Angra também tem. É você a cada disco ser diferente. Apresentar coisas novas. Coisas modernas, mas trazendo o clássico, o brazuca. Você precisa ser um explorador do estilo".
Confira a entrevista completa aqui.
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