Mick Mars confirma novamente que os shows do Motley Crue são praticamente pré-gravados
Por Bruce William
Postado em 08 de abril de 2023
O guitarrista do Motley Crue, Mick Mars, deu sua primeira entrevista sobre sua decisão de processar a banda da qual ele fez parte por mais de quatro décadas, onde ele diz, dentre outras coisas, que "carregou esses bastardos por anos" e insiste que não vai deixar ninguém tirar dele sua "parte desta empresa", que fez o Motley Crue ser o que é. A pauta é do Blabbermouth.
No processo, Mick diz que o Motley Crue reduziu sua porcentagem de lucros depois que ele anunciou que estava se afastando das turnês. Além disso, ele afirmou que os advogados da banda o fizeram sentir que deveria ser grato por essa pequena redução, porque não achavam que deviam nada a ele. Mick também afirmou que houve uma reunião completa da banda e eles decidiram removê-lo "unilateralmente" do Motley Crue.
Na entrevista à Variety, Mars declarou sobre seus colegas de banda: "Esses caras têm me martelado desde '87, tentando me substituir. Eles não conseguiram fazer isso, porque eu sou o guitarrista. Eu ajudei a formar essa banda. Eu inventei o nome, são minhas ideias, meu dinheiro que eu arrumei com um investidor para começar essa banda. Eles não teriam ido a lugar nenhum. E então tenho que ouvir coisas de pessoas como Bob Daisley da banda do Ozzy Osbourne, quando estávamos em turnê com eles, e Carmine Appice..."
Neste ponto, Mick está falando da biografia de 2014 onde Daisley relatou uma conversa com os outros membros do Motley Crue em um ônibus de turnê em 1984, quando supostamente pediram seu conselho sobre demitir Mars, e ele foi totalmente contra, dizendo que Mars era uma parte integrante da química da banda.
Mick então comenta que a banda insiste que ele tem problemas de memória, mas ele retruca que existe até atestado por médicos que isto não corresponde à verdade. Porém explica que ele está com 72 anos de idade e fazer turnês é uma coisa que está fora de cogitação.
Em seguida, ele fala das alegações que estão na ação onde ele diz que a banda não toca ao vivo: "Sim, nessa turnê em particular, o baixo do Nikki foi 100% gravado. As baterias do Tommy, pelo que eu sei, tinham muita coisa gravada. Não posso dizer que ele tocou tudo gravado, mas houve alguns relatos de pessoas na plateia que disseram, 'Ah, ouvi o som da bateria, mas Tommy não estava sentado nela. A música começou e não tinha baterista'. Coisas assim. E na verdade, tudo o que fizemos naquela turnê de estádios estava pré-gravado, se a gente perdesse uma parte a fita continuaria rolando".
Prossegue Mick: "De qualquer forma, esses foram os piores 36 shows que já tive com a banda. Foram 36 (em vez dos 12 originalmente agendados) porque eles sabiam que eu queria me aposentar depois disso. (Mars afirma na ação que não queria fazer as duas dúzias de shows adicionais, mas acabou concordando). Eu não sei, e não posso dizer com certeza, mas tenho um pressentimento de que eles queriam me mandar embora de qualquer maneira. Porque eles querem fazer isso há muito tempo. É frustrante para mim. Estou muito chateado com tudo isso, já que carreguei esses bastardos durante anos".
O processo de Mick Mars contra o Motley Crue
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