David Ellefson diz que não ficou lamentando demissão igual Dave Mustaine faz no Metallica
Por Gustavo Maiato
Postado em 08 de maio de 2023
O baixista David Ellefson foi expulso do Megadeth após escândalo envolvendo interações em vídeo com uma mulher que se cogitou de início ser uma menor de idade. Em entrevista ao canal brasileiro Heavy Talk, o músico comentou sobre o caso.
"Eu recebi uma ligação: 'Você está demitido!', e eu perguntei 'que porra é essa, cara?' Umas pessoas de merda largam uma bomba na minha casa e é isso? Nem sequer é verdade, é uma bobagem. É assim que você trata isso? Não foi negociável, sabe? Eu falei que vou cuidar disso, me deixe lidar com isso, e ficará pra lá, estaremos prontos pra ir para a estrada em dois meses.
E foi assim! Porque eram alegações falsas e uma bobagem. Mas ele não queria saber. Acho que houve pressão de pessoas ao redor dele e foi muito ruim ter sido dessa forma. Porque realmente não era nada tão grande... Eu cuidei disso, sabe? E aí quando foi anunciado que eu fui demitido se tornou essa coisa gigante, que honestamente foi um grande dano e muito doloroso, e não foi justo.
E eu estou grato de não ter essa decisão nas minhas costas, porque foi errado, sabe? Eu não tenho escolha a não ser perdoar para poder seguir em frente. Eu não sei o que dizer mais além disso. Em algum ponto, o dano foi causado, então você segue em frente. Somos todos humanos, é o que é, você não pode lamentar, sabe? Eu vi como ele tratou sua demissão do Metallica e continua reclamando por isso quarenta anos depois e eu acho isso patético.
Pegue suas merdas e siga em frente, sabe? É como eu escolhi lidar com isso, pegue sua merda e siga em frente. E é por isso que eu lancei quatro álbuns desde que o último do Megadeth saiu. E eu acho que todos eles são tão bons quantos ou melhores que o último do Megadeth. Acho que a qualidade... Em parte isso é porque eu estou trabalhando com ótimas pessoas.
Se eles são famosos ou não, não importa. Eu estou trabalhando com pessoas boas, eles são seguros, são confiáveis, são realmente homens de integridade e eu acho que isso faz uma grande diferença. Eu me sinto seguro perto deles e o processo criativo é divertido, não é restrito, é ilimitado. E então essa explosão criativa aconteceu.
E novamente, eu não estou tentando estar em 85 bandas, acredite, eu não estou. Mas é interessante que que tem essa temporada pós-Megadeth em que todos esses álbuns estão saindo. Eu prefiro ao invés de limitar e restringir, colocar tudo pra fora. Vamos nessa! E em muitas formas, está dando certo. Está sendo divertido. Eu estou bem, as pessoas perguntam e eu estou bem.
É meio que um final estranho. Eu sabia três coisas quando conheci Dave: Um, nossa banda será um sucesso. Dois, terá muito trabalho. E três, um dia vai acabar muito mal! Eu podia dizer, mesmo com dezoito anos, um garoto da fazenda, inocente como era, mas sim... Todas essas três coisas e eu estava certo, check, check, check. Eu certamente não imaginei um final assim, mas sabe... Parte de mim sempre pensa "é realmente o fim da história?".
Foi uma merda, mas olha como terminou em 2002, e 2004 e 2005, com alegações sobre questões de administração e eu ainda acabei voltando pra banda. Eu prefiro não desrespeitar e ficar puto por isso publicamente. Essas são as coisas que você resolve em privado, não publicamente. E a imprensa gosta de ter a sensação de que será assim, porque por um tempo era um bom clickbait. Mas a verdade é que Dave e eu não estamos mais falando sobre isso, e é por isso que eu não estou mais falando disso. Você segue em frente e deixa a música falar agora".
Confira a entrevista completa aqui.
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