10 álbuns clássicos atualmente indisponíveis no Spotify
Por André Garcia
Postado em 23 de junho de 2023
Disparadamente a principal forma de se ouvir música em 2023, o Spotify lidera com folga o mercado das plataformas de streaming. Mesmo assim, há grandes álbuns faltando por lá.
Segundo a Headphones Addict, em 2023 78% das pessoas ouvem música por serviços de streaming. Cerca de um terço do engajamento musical se dá por streaming. E, nesse serviço, lidera com folga o Spotify.
No começo do século XXI, o compartilhamento de arquivos mp3 se tornou a principal forma do mundo ouvir música. Isso mudou no começo da década de 2010, quando o Spotify surgiu propondo a praticidade de ouvir qualquer música a qualquer momento em qualquer lugar. De repente, buscar, baixar e armazenar mp3 se tornou tão inconveniente quanto botar uma fita k7 em um Walkman.
Quando eu comecei a assinar o Spotify, a cerca de 10 anos atrás, estavam ausentes por lá Beatles, Led Zeppelin, Planet Hemp, King Crimson e parte da discografia dos Ramones. Muitos anos se passaram e a situação melhorou bastante, mas ainda assim tem álbuns clássicos faltando. A Classic Rock fez uma lista deles.
Kraftwerk – Kraftwerk (1970)
Quem entra no Spotify até pensa que a discografia do Kraftwerk começou com o "Autobahn" (1974). Ele, entretanto, foi o quarto álbum deles, que já havia lançado "Kraftwerk", "Kraftwerk 2" e "Ralf und Florian". Só que esses primeiros trabalhos, experimentais e pouco coesos, os desagradam, e acabaram limados da discografia pela própria banda. Após o lançamento original, jamais foram relançados em vinil, e sequer foram lançados oficialmente em CD.
Neil Young – Harvest (1972)
Os fãs de folk rock certamente já perceberam que toda a discografia de um dos maiores nomes do gênero, Neil Young, está ausente da plataforma. Em janeiro de 2022, o canadense declarou guerra ao Spotify retirando de lá suas músicas, em protesto à plataforma não tomar medidas contra o podcast The Joe Rogan Experience disseminando fake news sobre a covid-19, e por sua baixa qualidade sonora também.
Joni Mitchell – Court And Spark (1974)
O boicote de Neil Young ao Spotify deu início a uma debandada em apoio a ele. Joni Mitchell foi uma que seguiu seus passos. Ela ainda deixou lá dois álbuns ao vivo e uma coletânea — ele nem isso. Quem quiser ouvir clássicos como "Blue" ou "Court And Spark" terá que assinar outro serviço de streaming, apelar para o YouTube, procurar um CD/vinil, ou recorrer a download ilegal de .mp3.
Budgie – In For The Kill (1974)
Budgie é uma dessas bandas que nunca fez sucesso comercial e nunca chegou ao mainstream, mas influenciou bandas gigantescas: tanto que Iron Maiden, Metallica e Soundgarden já fizeram cover de suas músicas. Embora seus dois primeiros álbuns estejam disponíveis na plataforma em versão remasterizada, "In For The Kill" segue ausente.
AC/DC – High Voltage (Australian Version) (1975)
No Spotify, a discografia do AC/DC começa com a versão internacional do "High Voltage", aquela que chegou para a gente aqui no Brasil. Lá na Austrália, entretanto, a banda já havia lançado dois trabalhos: "T.N.T." e uma versão diferente de "High Voltage", até hoje ausentes na plataforma. Eu sei que boa parte daquelas faixas estão disponíveis em outros álbuns, mas mesmo assim, para quem é fã da banda, já passou a hora de os lançarem em versão remasterizada. Alô Angus Young!
Tesla – The Great Radio Controversy (1989)
Quem curte um hard rock anos 80 e 90, estilo Whitesnake e Skid Row, certamente já se deu conta de que a discografia do Tesla está incompleta. Não só tem mais de um álbum faltando, como faltam alguns dos principais trabalhos da banda, como o certificado disco de platina duplo nos Estados Unidos "The Great Radio Controversy".
Wolfsbane – Live Fast, Die Fast: Wicked Tales of Booze, Birds and Bad Language (1989)
Antes de entrar para o Iron Maiden para queimar seu filme com a missão impossível de substituir Bruce Dickinson, Blaze Bayley foi vocalista do Wolfsbane. Mas a única coisa da banda disponível no Spotify é o álbum "Genius" (2022) e um par de singles — mais nada. Seu trabalho de estreia, "Live Fast, Die Fast: Wicked Tales of Booze, Birds and Bad Language" (1989), apesar de produzido por Rick Rubin e lançado pelo selo dele, lá é como se não existisse.
Badlands – Badlands (1989)
Badlands foi um supergrupo de hard rock do final dos anos 80 que durou pouco e caiu no esquecimento. Além do ex-Ozzy Osbourne Jake E. Lee na guitarra e o ex-Black Sabbath Eric Singer na bateria, tinha ainda o vocalista Ray Gillen, que se envolveu em treta pesada, acabou cancelado. Demitidos da gravadora, chegaram a lançar um segundo disco, mas Ray morreu pouco depois, em 1993. Não ajuda o legado da banda o fato desses discos não estarem disponíveis na principal plataforma de streaming…
Black Sabbath – Headless Cross (1989)
Após ressuscitar com Dio no vocal no começo dos anos 80, o resto da década para o Black Sabbath foi ladeira abaixo. Em 1989, no entanto, Iommi e companhia lançaram aquele que para muitos é o melhor álbum do Sabbath sem Ozzy ou Dio: "Headless Cross". Para os novos fãs da banda, no entanto, é capaz que ele passe batido por não estar disponível no Spotify.
Judas Priest – Jugulator (1997)
Para o Judas Priest, o período em que Rob Halford passou fora da banda é como aquele período em que um casal decide dar um tempo do casamento. A banda não faz lá muita questão de esconder seu desejo de varrer para baixo do tapete os dois álbuns lançados com Tim Owens no vocal. Prova disso é que no Spotify sua discografia pula de "Painkiller" (1990) para "Angel of Retribution" (2005). O que é uma pena, principalmente pelo, "Jugulator" (1997).
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