Augusto Licks revela que sentia pressão nos Engenheiros por ser guitarrista de um trio
Por Gustavo Maiato
Postado em 01 de agosto de 2023
O guitarrista Augusto Licks é parte da formação clássica dos Engenheiros do Hawaii, que contava também com o baixista e vocalista Humberto Gessinger e com o baterista Carlos Maltz.
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Em entrevista ao Corredor 5, Licks comentou sobre a pressão que sentia por ser guitarrista de uma banda no formato de trio, onde as guitarras precisam preencher um vazio do arranjo.
"Durante a gravação do álbum ‘A Revolta dos Dândis’, estavam preocupados comigo, pois achavam que eu estava passando por um processo de isolamento. Enquanto Humberto e Maltz, os outros integrantes, iam para o bar de sinuca após as gravações, eu preferia ir para o quarto do hotel e me dedicar ao trabalho, pensando em como resolver os detalhes das gravações. Eu era mais preocupado e inseguro em relação ao processo.
Para o guitarrista de um trio, existe uma carga instrumental muito maior e uma exigência maior em relação ao seu papel na banda. Há uma expectativa de que o guitarrista não apenas faça uma simples base, mas que ocupe um espaço significativo no espectro sonoro do trio. Ele deve preencher os espaços vazios e complementar os graves e a base da bateria, garantindo que a música tenha um som completo e harmonioso. Sua contribuição é fundamental para dar corpo e profundidade à música do trio."
Engenheiros do Hawaii e curiosidades sobre a guitarra
Em outra oportunidade, durante live no Pitadas do Sal, Augusto Licks comentou mais a respeito de seu trabalho de guitarra nos Engenheiros do Hawaii. Ele citou como exemplo a música "Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones". Confira, na transcrição de Bruce William.
"Quando gravei, fiz como se fossem duas guitarras, então quando eu tocava um trecho de uma guitarra de um lado do canal, no trecho seguinte eu tocava do outro lado do canal, em estéreo. Então se você não ouvir atentamente os dois lados você vai achar que é apenas uma sequencia (neste ponto Augusto vai "cantarolando" os acordes), mas estas coisas se entrelaçam nos dois canais, nas duas guitarras.
Nas primeiras apresentações eu fazia o solo ao vivo - receio que não tenham ficado muito boas, ficou um solo interminável (risos), e à medida que foi se aproximando a gravação, eu fui cortando as arestas e enxergando os trechos em que eu poderia criar um elo melódico, harmônico. Pois no começo eram apenas pedaços de hinos, o que seria inviável pra gravar num disco. E na hora (da gravação) do disco eu procurei as partes de um hino que se ligavam bem com o outro", diz Augusto, contando ainda que contou com a paciência do técnico de som Flavio Senna, que esperou que ele tocasse cada trecho de guitarra que iria compor a versão final. E nos shows ao vivo o solo era recriado do jeito que foi gravado, sem as ‘sobras’".
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