A reação de David Bowie à interpretação do Nirvana de "The Man Who Sold the World"
Por Gustavo Maiato
Postado em 17 de setembro de 2023
A interpretação de "The Man Who Sold the World" de Kurt Cobain é icônica e marca homenagem ao lendário David Bowie. No entanto, a história não contada reside na reação de David Bowie, não apenas à música em si, mas também ao contexto por trás dela, como revela matéria da Kark Post.
A performance no modelo acústico da MTV do Nirvana foi um evento envolto em uma atmosfera sombria, mais parecendo uma despedida do que um típico show desplugado. Enquanto o ceticismo ainda persiste, alguns insistem que toda a montagem foi a maneira de Kurt Cobain de estender um convite para a sua própria despedida metafórica.
É nesse pano de fundo que Bowie admitiu abertamente seu profundo apreço pela música. Ele encontrou algo extraordinário na performance – uma fusão de dor e sofrimento, uma aceitação da mortalidade e um desapego do medo da morte. Na verdade, Bowie foi além ao declarar que a interpretação de Nirvana da música superou a sua própria, reconhecendo a pura genialidade de sua interpretação.
Curiosidades por trás do álbum "The Man Who Sold the World"
Conforme relatou o colaborador André Garcia com base em texto da Far Out Magazine, o álbum "The Man Who Sold the World" apresenta histórias curiosas.
De acordo com a história, houve um momento em que Jimmy Page, do Led Zeppelin, compartilhou um de seus riffs com David Bowie. No entanto, essa história remonta a anos antes de ambos se tornarem famosos, mais precisamente em 1965.
Naquela época, David, que então usava o nome Davie Jones, tinha apenas 18 anos e aspirava a se tornar uma estrela da música, liderando a banda The Manish Boys. Ao decidirem gravar o seu primeiro álbum de estúdio e chamar a atenção na cena de rock altamente competitiva de Londres, optaram por recrutar um músico de estúdio experiente. O escolhido foi um guitarrista já renomado com apenas 21 anos chamado Jimmy Page.
O futuro líder do Led Zeppelin deixou sua marca na faixa "I Pity the Fool", mas essa sessão proporcionou mais do que isso. Como Bowie mais tarde recordou: "Ele estava empolgado com os pedais de distorção naquele dia e foi bastante generoso. Ele disse: 'Ei, tenho esse riff aqui, mas não estou usando. Por que você não pega e vê o que pode fazer com ele?'"
Esse riff foi posteriormente incorporado pelo Camaleão do Rock na canção "The Supermen", presente no álbum "The Man Who Sold The World" (1970), e décadas depois, ressurgiu na música "Dead Man Walking" do álbum "Earthling" (1997). Bowie confessou.
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