No The Town o Yeah Yeah Yeahs tocou para plateia doida para o show acabar logo
Por André Garcia
Postado em 16 de setembro de 2023
O Yeah Yeah Yeahs é uma das bandas de rock alternativo que surgiram nos Estados Unidos no começo dos anos 2000, assim como White Stripes e The Strokes. Misturando rock de garagem com música eletrônica, lançou até hoje apenas cinco álbuns, mas que renderam cinco indicações ao Grammy. Seus fãs costumam definir a banda como art rock que faz um post punk extremo, porém amigável às pistas de dança, misturando Blondie, com Pretenders e Siouxsie and the Banshees.

Se Garbage já me pareceu alternativo demais para um festival tão pop quanto o The Town, o Yeah Yeah Yeahs pareceu ainda mais um peixe fora d'água. Para piorar, a banda só entrou no lineup por conta do cancelamento do Queens of the Stone Age, o que não ajudou o público a ter boa vontade. Ainda mais do que no show do Garbage, a galera parecia o tempo todo ansiosa para acabar logo para que começasse o Foo Fighters.
O show começou às 20h25, e fiquei em dúvida se o som estava melhor ou pior porque a sonoridade deles é meio lo-fi mesmo. Em certos momentos me parecia estar melhor, em outros parecia estar pior… e até hoje não cheguei a uma conclusão. A iluminação certamente estava superior, ou melhor, foi usada de forma superior. Melhor do que o uso feito pelo Foo Fighters, inclusive. Como se alternasse entre quente e frio, predominaram luzes ora vermelhas, ora azuis e brancas.
A indiferença do público foi uma pena, porque a vocalista é fofa e simpática (como uma versão medicada da Siouxsie) e a banda é mais esforçada que o Garbage. Mais esforçada no sentido de ter colocado mais intensidade, ter se entregado mais na apresentação. Parecia haver mais em jogo para eles. Mesmo assim, não vi uma única pessoa cantando junto ou curtindo o som. Todo mundo paradão, a indiferença chegou ao triste ponto de ninguém aplaudir ao final de algumas das músicas. Com um público menor que o da Pitty (e ainda menor que o do Garbage), havia na plateia clareiras de fãs do Foo Fighters deitados sonolentos pelo chão.
Creio que a história teria sido muito diferente se tivessem tocado para um público composto por pessoas que conhecessem o Velvet Underground — ao lado de nomes como Massive Attack e Portishead. Teria feito muito mais sentido se Yeah Yeah Yeahs tocasse no Primavera Sound, dividindo o palco com The Cure, The Killers, Pet Shop Boys e Beck (em um evento cujo subtítulo é um verso do Velvet Underground).
No final, o show foi interrompido por uns dois minutos após uma mulher parar no meio da tirolesa. Alguém teve que ir até lá puxar ela. Depois os telões laterais começaram a travar e apagar. Canhões atiraram papeizinhos no ar (tipo show do Kiss), que caíam como uma chuva. Um efeito muito bonito e que foi uma novidade (pelo menos para a noite naquele palco). Pena que ninguém ligou.
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