A característica dos músicos brasileiros que impressionou o lendário Jon Anderson do Yes
Por Gustavo Maiato
Postado em 06 de setembro de 2023
Não é novidade que músicos brasileiros costumam ser reverenciados no exterior por sua musicalidade ímpar e ritmos diferentes. Em entrevista ao Corredor 5, Túlio Mourão, ex-tecladista dos Mutantes, se lembrou de uma conversa que teve com Jon Anderson, vocalista do Yes, quando as duas bandas tocaram juntas no Brasil.
Na conversa, Mourão disse que Anderson ficou impressionado com uma característica que observou em músicos brasileiros e que no caso do Yes a coisa funcionava de maneira oposta.
Yes - Mais Novidades
"Lembrei-me de uma conversa que tive quando nos encontramos com Jon Anderson, que veio ao Brasil e tocamos juntos. Foi uma experiência maravilhosa, mas algo que ele me disse sobre nós, músicos brasileiros, coletivamente, me surpreendeu.
Ele ficou impressionado com a rapidez com que conseguimos ‘tirar do chão’ um arranjo musical, como se levantássemos instantaneamente a música e ela começasse a fluir. Ele notou a agilidade e a velocidade com que organizamos, resolvemos, dividimos e compartilhamos ideias, essa facilidade de colaboração.
Ele descreveu que no caso do Yes era como ‘um Boeing 777 que precisa percorrer a pista por muito tempo antes de decolar’. Essa imagem se referia à necessidade de muitas negociações e um processo demorado, muito mais racional e menos intuitivo do que o nosso estilo, que é mais intuitivo e orgânico, com a música fluindo de forma mais natural"
Histórias de Jon Anderson e Yes
Jon Anderson e o Yes marcaram os anos 1970, mas nos anos 1980 algumas decisões da banda se mostraram erradas. Pelo menos essa foi a impressão do vocalista, conforme entrevista para a Eon Music publicada por Igor Miranda.
Para o cantor, a decisão em repetir o processo criativo que gerou a instrumental "90125" foi o grande equívoco do Yes em seu auge. "Foi um enorme erro, pois eu já sentia que o potencial estava lá. Trevor era um grande guitarrista, muito diferente de Steve, bem mais agressivo, eu diria. Eu queria seguir um caminho mais Stravinski, sabe? Vamos enlouquecer e depois vamos para o nada enquanto a música segue rolando. Era o que eu pensava", afirmou.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
O guitarrista americano que fez a cabeça de Jéssica Falchi: "Eu adorava!"
O artista "tolo e estúpido" que Noel Gallagher disse que "merecia uns tapas"
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
O guitarrista do rock nacional que é vidrado no Steve Howe: "Ele é medalha de ouro"
O guitarrista consagrado que Robert Fripp disse ser banal e péssimo ao vivo
Sharon Osbourne revela o valor real arrecadado pelo Back to the Beginning
O disco do Queensryche que foi muito marcante para Kiko Loureiro e para o Angra
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
O guitarrista que Mick Jagger elogiou, e depois se arrependeu
O guitarrista que fundou duas bandas lendárias do rock nacional dos anos 1980
"A maior peça do rock progressivo de todos os tempos", segundo Steve Lukather, do Toto
Os 11 álbuns prog preferidos de Geoff Downes, tecladista do Yes e Asia
O Big 4 do rock progressivo, de acordo com Ian Anderson, do Jethro Tull
Rick Wakeman relembra por que recusou David Bowie para entrar para o Yes
Conceituais: 7 álbuns que fizeram história contando uma história


