A única vez que Dave Murray não esteve no Iron Maiden após injusta demissão
Por Gustavo Maiato
Postado em 22 de outubro de 2023
Dennis Wilcock, nascido em 29 de setembro de 1950, é um músico britânico cujo nome ressoa na história do heavy metal, especialmente por sua participação como o segundo vocalista da icônica banda Iron Maiden. Sua entrada na banda, em 1976, marcou uma transição notável, substituindo Paul Day e preparando o terreno para o posterior ingresso de Paul Di'Anno em 1978.
A contribuição de Wilcock ao Iron Maiden não se limita apenas ao seu papel vocal, mas também à singularidade de seu período na banda. Ele desempenhou um papel fundamental em um evento notável na história do Iron Maiden, sendo o responsável pela única vez em que Dave Murray deixou a formação. Wilcock tomou a decisão de demitir Murray, adicionando um capítulo intrigante à narrativa da banda.
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"Muitos músicos embarcaram em projetos paralelos ao longo da carreira, mas não Dave Murray. Ele permaneceu constantemente fiel à sua principal banda desde o primeiro álbum e ninguém nunca o viu em um álbum de estúdio mais sério onde se pudesse dizer: 'Dave soa como Dave' e não 'Dave soa como no Iron Maiden'. Talvez Dave seja tanto o Iron Maiden quanto o Steve Harris. A única ocasião em que Dave deixou a banda foi antes da gravação do primeiro álbum, demitido injustamente pelo então vocalista Dennis Wilcock, que em pouco tempo também seria demitido por Steve Harris".
Dave Murray e história do Iron Maiden
Conforme relata matéria de Mateus Ribeiro, o início da década de 1990 marcou um período tumultuado na rica história do Iron Maiden, destacado pela surpreendente partida de Bruce Dickinson. O talentoso vocalista, que havia se juntado à banda em 1981, tomou a decisão ousada de se desligar durante a turnê de divulgação do álbum "Fear Of The Dark", optando por se dedicar à sua carreira solo.
A saída de Bruce Dickinson foi notável, considerando o excelente trabalho que ele desempenhou como frontman do Iron Maiden, já um fenômeno de popularidade na década de 1990. No entanto, o cantor ansiava por mais do que a estabilidade aparentemente confortável que o Iron Maiden oferecia.
Em uma entrevista à Metal Hammer, Bruce explicou seu raciocínio: "Tratava-se de sair de um regime bastante confortável. Trabalho duro, bons moços, relativamente seguros, bem administrados. Todas as coisas que as pessoas diriam: ‘Ele tem um trabalho confortável’. Essa foi a minha vida no Iron Maiden. Eu pensei: ‘Não é suficiente. Sou muito jovem para me estabelecer’."
A notícia pegou Steve Harris, o baixista e líder da banda, de surpresa. Com dúvidas sobre o futuro do Iron Maiden, Harris confessou: "Eu tinha dúvidas se deveria continuar ou não. Pensei: ‘Simplesmente não tenho forças no momento’."
Foi durante esse momento de incerteza que Dave Murray, o guitarrista, entrou em cena de maneira decidida. Durante uma reunião, Murray expressou sua opinião de forma franca, sendo essencial para que Harris tomasse as rédeas e decidisse o destino da banda. "Estávamos todos sentados conversando.
Foi provavelmente a primeira conversa realmente longa e séria que nós quatro tivemos juntos em muito tempo. De repente, fiquei farto de falar sobre isso e disse: ‘Olha, por que diabos deveríamos desistir só porque ele saiu? Ele que se dane. Por que ele deveria nos impedir de tocar?’", revelou Murray.
A explosão de Murray foi crucial para Steve Harris seguir em frente. Blaze Bayley foi escolhido como o substituto de Bruce Dickinson, mas os anos seguintes não foram particularmente gentis com o Iron Maiden.
O destino reservou uma reviravolta notável quando Bruce Dickinson retornou ao Iron Maiden em 1999, acompanhado pelo guitarrista Adrian Smith, que havia saído da banda em 1990. O grupo evoluiu para um sexteto, uma formação que permanece ativa até os dias de hoje, marcando um capítulo intrigante e resiliente na história duradoura do Iron Maiden.
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