O esporro de Dave Murray que foi fundamental para o Iron Maiden seguir em frente
Por Mateus Ribeiro
Postado em 27 de setembro de 2023
O início da década de 1990 foi um período turbulento na história do Iron Maiden, que ficou marcado pela bombástica saída de Bruce Dickinson. O talentoso vocalista, que ingressou na banda em 1981, decidiu se afastar do Iron Maiden durante a turnê de divulgação do álbum "Fear Of The Dark", com o intuito de se dedicar à sua carreira solo.
Bruce Dickinson queria sair da sua zona de conforto
A saída de Bruce Dickinson foi um movimento ousado, uma vez que o vocalista fez um ótimo trabalho como frontman do Iron Maiden, que já era um fenômeno de popularidade nos anos 1990. Porém, o cantor não queria ficar parado.
"Tratava-se de sair de um regime bastante confortável", explicou Bruce, em matéria publicada pela Metal Hammer. "Trabalho duro, bons moços, relativamente seguros, bem administrados. Todas as coisas que as pessoas diriam: ‘Ele tem um trabalho confortável’. Essa foi a minha vida no Iron Maiden. Eu pensei: ‘Não é suficiente. Sou muito jovem para me estabelecer’", complementou o vocalista.
A reação do chefão Steve Harris
Bruce disse para Rod Smallwood, empresário de longa data do Maiden, que gostaria de sair do grupo. A decisão de Bruce deixou Steve Harris, baixista e líder do (então) quinteto confuso. O chefão não sabia se iria continuar escrevendo a bonita história da banda fundada por ele em 1975.
"Eu tinha dúvidas se deveria continuar ou não. Pensei: ‘Simplesmente não tenho forças no momento’", disse o baixista.
O esporro de Dave Murray que foi fundamental para Steve Harris continuar
Se Steve Harris estava com dúvidas sobre o futuro do Iron Maiden, o guitarrista Dave Murray sabia bem o que queria. Murray, que gravou todos os discos do Maiden, soltou os cachorros durante uma reunião da banda e seu esporro foi fundamental para Harris definir o futuro do grupo.
"Estávamos todos sentados conversando. Foi provavelmente a primeira conversa realmente longa e séria que nós quatro tivemos juntos em muito tempo. De repente, fiquei farto de falar sobre isso e disse: ‘Olha, por que diabos deveríamos desistir só porque ele saiu? Ele que se dane. Por que ele deveria nos impedir de tocar?’. Eu realmente não tinha pensado nisso. Simplesmente saiu", disse o (aparentemente) tranquilo Murray.
Segundo a matéria da Metal Hammer, o momento explosivo de Murray foi determinante para Steve Harris seguir em frente. O baixista definiu Blaze Bayley como o substituto de Bruce Dickinson, mas infelizmente, os anos seguintes não foram exatamente muito legais para o Maiden.
No final das contas, Bruce Dickinson voltou ao Iron Maiden em 1999, junto com o guitarrista Adrian Smith, que saiu da banda em 1990. O grupo virou um sexteto, formação que persiste na ativa até hoje.
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