A longa greve de banho que o Sepultura fez após receberem críticas por federem demais
Por Gustavo Maiato
Postado em 18 de outubro de 2023
Estar num ônibus em turnê com uma banda de metal pode não ser a coisa mais agradável do mundo caso alguém decida simplesmente parar de tomar banho. No caso do Sepultura, em turnê com os alemães do Sodom, o grupo decidiu que não ia mais entrar debaixo do chuveiro depois que receberam críticas por causa do cheiro.
Essa história é contada no livro "Sepultura: Os primórdios", editado no Brasil pela Estética Torta. O livro está em promoção de 20% de desconto no site da editora com o cupom WHIPLASH20.
"O desconforto da turnê colaborou para aumentar a tensão entre as bandas. Sepultura e Sodom estavam viajando uma média de 500 quilômetros por dia, sem hotel e dormindo num ônibus velho. Os últimos dias da excursão foram pauleira: depois de viajar 1.500 quilômetros da Suécia até Paris, percorreram mais 700 para tocar em Zurique e depois foram para Londres, com mais 1.100 quilômetros. O clima com o Sodom atingiu o fundo do poço quando os alemães vieram reclamar para Iggor que Max estava precisando de um banho. 'Seu irmão está fedendo demais, ele vai ter que tomar banho hoje de qualquer maneira', disse um deles. Iggor respondeu: 'Ah é? Então a partir de hoje ninguém mais toma banho. E cumpriram a promessa à risca, passando quase dez dias sem chuveiro e transformando o ônibus num purgatório".
Sepultura e histórias de turnês
O Sepultura é reconhecido como uma das bandas mais importantes e influentes no cenário do metal global. Com álbuns icônicos como "Roots" e "Chaos A.D.", a banda desempenhou um papel fundamental na popularização do groove metal. Fundada pelos irmãos Max e Igor Cavalera, sua formação passou por mudanças ao longo dos anos, com o vocalista Derrick Green assumindo o lugar de Max Cavalera em 1997. A banda continua a realizar turnês e lançar álbuns, mantendo uma presença sólida na cena do metal.
Por outro lado, o Kid Abelha é uma destacada banda de rock brasileira formada nos anos 80, conquistando sucesso e reconhecimento tanto nacional quanto internacionalmente. Sob a liderança da carismática vocalista Paula Toller e do talentoso saxofonista George Israel, a banda é conhecida por suas letras poéticas e melodias cativantes, que abordam temas que vão desde o amor até questões sociais. Com uma carreira marcante, o Kid Abelha deixou uma forte influência no cenário musical brasileiro.
Em 1988, o destino dessas duas bandas se cruzou durante um show em Brasília, conforme relatado no livro "Sepultura: Os primórdios". "O ano de 1988 foi fantástico para o Sepultura. Na capital federal, causaram tanto tumulto no hotel que quase foram expulsos. Logo pela manhã, encontraram no lobby a equipe do Kid Abelha, que também estava hospedada lá. Durante o café, Iggor e o roadie Pedrão praticaram tiro ao alvo atirando pedaços de banana e melão na mesa do Kid Abelha. Depois do show, de volta ao hotel, ainda totalmente chapados, entraram no elevador panorâmico e deram de cara com Paula Toller. Os dois começaram a rir e gritar histericamente. Paula, aterrorizada com os 'ogros', saiu do elevador em choque."
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