A tentativa frustrada da mãe de Max e Iggor Cavalera de botar filhos no bom caminho
Por Gustavo Maiato
Postado em 06 de outubro de 2023
Vânia, saudosa mãe de Max e Iggor Cavalera, não chegou a apoiar de maneira incondicional o sonho da dupla de fazer acontecer o Sepultura lá no começo. É o que conta a biografia "Sepultura: Os primórdios", editado pela Estética Torta.
De acordo com o texto, escrito pelos jornalistas André Barcinski e Silvio Gomes, Vânia chegou a montar um empreendimento e entregar para os filhos tocarem. O problema é que o plano não deu lá muito certo.
"Vânia até tentou pôr os meninos no bom caminho. Chegou a montar uma pequena lanchonete e botou os dois para tocar o negócio. Foi um desastre. Max e Iggor espantavam os fregueses ouvindo Venom e Hellhammer no volume dez e oferecendo prova dos sabores de sorvete nos próprios dedos. ‘Pode provar, esse dedo aqui é chocolate, esse é morango, esse é abacaxi’, dizia Max depois de passar cada um em uma lata. Além disso, comiam todas as coxinhas e empadas que deveriam vender e Iggor costumava beber Coca-Cola direto da máquina, como se fosse um bebedouro. Nesse ritmo, a lanchonete faliu em dois meses".
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Sepultura, Max Cavalera e Andreas Kisser
Anos depois de contornar sua mãe e se estabelecer no Sepultura, Max Cavalera deixou a banda, marcando um momento crucial na história do metal brasileiro e da própria banda. Após anos de dedicação e contribuições inegáveis para o desenvolvimento do thrash metal, a decisão de Max de seguir um caminho separado teve um impacto na comunidade musical e nos fãs leais do Sepultura.
A relação entre Max Cavalera e seus ex-colegas de banda ficou tensa ao longo dos anos, devido a diferenças criativas e pessoais. No entanto, foi em 1996 que a separação oficial ocorreu, deixando os fãs chocados e divididos. Max, com sua voz distintiva e presença de palco enérgica, era um ícone para muitos seguidores do Sepultura, e sua saída representou uma mudança significativa para o som e a identidade da banda.
Em uma entrevista ao Estúdios Panelaço, apresentado por João Gordo, Andreas Kisser foi questionado sobre os rumos que a banda teria tomado caso mantivesse a formação. Em sua resposta, o guitarrista mencionou que naquela época faltou "falar na cara e sair na porrada" para resolver os impasses.
"Se não tivesse quebrado onde quebrou, ia quebrar um pouco mais para frente. Com certeza, não dava. Eu acho que muitas vezes faltou entre a gente discutir, falar um na cara do outro, perguntar, sair na porrada de repente. Sempre deixávamos as coisas para amanhã. Era jogar para baixo do tapete e amanhã resolvia.
Hoje, temos essa conversa tranquilamente. Em relação à parte musical, nunca tivemos problemas. Sempre falamos e tal. O lance é falar de grana, de como vai pagar o ônibus, como será a camiseta. Ninguém queria conversar e me incluo nessa. No ‘Roots’, o Max pegou o ônibus só pra ele. Sepultura não é isso, nunca foi. Não ia funcionar, tanto que não funcionou."
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