A visão de Steve Lukather sobre crescente número de mulheres guitarristas na atualidade
Por Gustavo Maiato
Postado em 06 de novembro de 2023
Em uma recente declaração, Steve Lukather comemorou o aumento significativo no número de guitarristas do sexo feminino e elogiou a notável qualidade musical que muitas delas demonstram nos dias de hoje.
"O mindset das pessoas mudou. Não importa o gênero; um guitarrista talentoso é simplesmente isso, talentoso. Se você fechar os olhos e ouvir alguém tocando, ninguém seria capaz de discernir se é um homem ou uma mulher", afirmou o renomado músico do Toto em uma entrevista reproduzida pelo site Guitar.com (via Guitarload).
Lukather também abordou a persistência de estereótipos, como a frase "isso foi muito bom para uma garota", destacando que algumas pessoas ainda fazem esse tipo de comentário. No entanto, ele enfatizou: "Eu nunca diria algo assim e reconheço que não é politicamente correto. Sou um hippie da velha guarda e defensor dos ideais pacíficos dos anos 1960."
Além disso, o músico expressou sua opinião sobre o cenário atual da música, observando que não é tão fácil encontrar guitarristas com uma sonoridade verdadeiramente cativante. "Muita gente parece se concentrar em exibições técnicas rápidas, e eu discordo totalmente desse enfoque. No entanto, existem jovens músicos incríveis por aí, sejam homens ou mulheres."
Ele concluiu: "Hoje, algumas das melhores guitarristas do mundo são mulheres, e elas têm se destacado. Isso é algo maravilhoso, pois quando eu comecei, havia poucas representantes do sexo feminino nesse cenário. Embora eu não goste de fazer distinções entre homens e mulheres, a realidade é que houve um grande avanço nessa questão ao longo do tempo."
Steve Lukather e curiosidades
Falecido em 2009, o cantor Michael Jackson foi descrito por muitos colegas músicos como possuindo uma personalidade peculiar, para dizer o mínimo. Conforme diz matéria de Igor Miranda, o guitarrista do Toto, Steve Lukather, que colaborou com o artista no álbum "Thriller" (1982), afirmou que não notou nada de particularmente estranho no Rei do Pop.
Em uma entrevista ao podcast de Jeremy White, transcrita pelo Ultimate Guitar, Lukather mencionou a única coisa que considerou bizarra durante a sua colaboração com Michael, que foi a presença de Bubbles, o macaco de estimação do cantor. Ele também relembrou seu primeiro encontro com o artista, que ocorreu sob grande pressão.
"Na verdade, não vi nada de estranho, exceto pelo fato de Bubbles estar lá, cara. Aquilo era meio esquisito. Mas a primeira vez que estive com Michael foi quando gravamos o dueto com Paul McCartney em 'The Girl Is Mine'. Eu estava emocionado por conhecer Paul McCartney, já que os Beatles são a razão pela qual comecei a tocar música. Ele e Linda, a falecida esposa de Paul, são incríveis", disse.
Lukather compartilhou ainda a primeira música que tocou com os artistas. "Paul chegou, começamos a tocar 'I Was Made To Love Her', a canção de Stevie Wonder, e isso estabeleceu a energia das sessões de gravação. Paul nos deu uma oportunidade e contratou a mim e a Jeff Porcaro, o baterista do Toto, para fazer parte do projeto dele. Foi um dos melhores dias de todos", acrescentou.
O músico também mencionou que o produtor Quincy Jones, que trabalhou com Michael Jackson, estava presente nessas sessões. "Naquela época, eu estava gravando todas as produções do Quincy. Alguns dos membros do Toto haviam trabalhado em 'Off the Wall' (1979), o álbum anterior de Michael. Acredito que foram os tecladistas David Paich e Steve Porcaro. Continuo sendo amigo de Quincy", revelou.
Em outra entrevista ao Ultimate Guitar, Steve Lukather contou uma história curiosa sobre Bubbles, o macaco de estimação de Michael Jackson, causando confusão no estúdio de gravação durante a produção de "Thriller".
"Michael parou de trazer o macaco para o estúdio porque ele destruiu a cabine de gravação dos vocais e fez sujeira nas paredes do Westlake Studio (risos). Cara, aquele macaco deixou a cabine vocal do estúdio em pedaços. Depois disso, acho que Bubbles foi banido do estúdio", disse Lukather.
Apesar dessas situações inusitadas, o guitarrista do Toto descreveu Michael Jackson como um verdadeiro profissional. "Ele era extremamente dedicado no estúdio. Sabia exatamente o que queria, e acredito que ele amava o que fazia. Ele continuou nos contratando", concluiu.
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