No Guns N' Roses ele queria tocar que nem Ian Paice, mas só conseguiu quando surgiu o Nirvana
Por Bruce William
Postado em 27 de dezembro de 2023
Como a maioria dos músicos norte-americanos de sua geração, Matt Sorum, nascido na Califórnia em 1960, foi impactado ao ver os Beatles tocando em um programa de TV. "Vi o Ringo, e ele era meio como esse personagem de desenho animado. Eu era só um garotinho, mas lembro de pensar: 'Ah, cara, isso é simplesmente a coisa mais legal que já vi!' Algumas crianças querem ser bombeiros ou maquinistas. Mas para mim, algo se encaixou", disse Matt, em relato publicado pela Classic Rock.
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Mais tarde, Matt descobriria o Deep Purple e, a partir daí tudo mudaria de fato. "Me interessei por discos através do meu irmão, e como baterista, aquele que eu continuava ouvindo era 'Burn' do Deep Purple. A bateria naquele disco realmente me pegou de jeito", contou Matt.
"Os dois bateristas que me influenciaram quando jovens foram Bill Ward e Ian Paice. Eu tinha visto ambos na Long Beach Arena nos anos setenta, e Ian Paice era o baterista mais rápido que eu já tinha visto", disse. "Naquela época, todo mundo estava realmente numas de idolatrar John Bonham, mas eu lembro de pensar: 'Quem é esse cara, Ian Paice?' Eu pensei: 'Cara, vou tentar emular o que ele fez no 'Burn'".
Matt explica então que, apesar de querer fazer aquele tipo de som, ele se viu impedido pelas circunstâncias da época: "Quando entrei no Guns N' Roses nos anos noventa, você não podia fazer coisas assim porque a bateria não era considerada um instrumento de elite. Houve um período desde a era do hair metal dos anos oitenta até os anos noventa, quando as baterias tinham que se encaixar naquela abordagem rígida do hard rock. Então, o Nirvana surgiu e trouxe a bateria de volta; Dave Grohl foi o primeiro cara que ouvi fazendo um swing beat".
"Voltando ao 'Burn'", finaliza Matt, "As músicas são incríveis. 'Burn', 'What’s Going On Here', 'Mistreated'... É um disco matador. Quando pedi para o Glenn Hughes tocar comigo, na época em que estávamos no Kings Of Chaos, eu disse pra ele: 'Ei, só para você saber, vamos ter que tocar 'Burn'".
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