Quem se importa mesmo com solos são os outros guitarristas, diz Kirk Hammett
Por Bruce William
Postado em 16 de dezembro de 2023
Durante entrevista com a Total Guitar do Reino Unido, Kirk Hammett, guitarrista do Metallica, afirmou que as únicas pessoas que se importam de fato com solos de guitarra são outros guitarristas. "As pessoas não vão se lembrar de um grande solo de guitarra. Eu odeio dizer isso para todos os seus leitores. As pessoas se lembram de uma grande melodia, uma grande música. E eu não estou falando sobre músicos. Sim, músicos vão se lembrar de um grande solo de guitarra, mas aqueles que não são músicos, que são a maioria de quem ouve música, não vão se lembrar de solos de guitarra, vão se lembrar de uma grande melodia e de uma grande canção, especialmente se for uma canção que os leva a um lugar diferente de onde estavam cinco minutos antes".
Hammett prosseguiu dizendo que o foco deve estar sempre na própria música. "Eu percebi isso quando tinha quinze anos. John Marshall e eu tínhamos literalmente seis meses de experiência com a guitarra quando eu disse a ele, 'Precisamos começar a compor músicas", disse Kirk, citando o ex-técnico de guitarra e guitarrista substituto do Metallica. "Olhe para o KISS, eles escrevem todas as suas próprias músicas... e Aerosmith, Van Halen'. Então, John e eu começamos a compor músicas. E muitas eram horríveis, mas já era alguma coisa".
Então, confirmando mais uma vez o que ele disse há alguns meses, Kirk afirmou que no trabalho mais recente do Metallica, "72 Seasons", ele improvisou vinte ou trinta solos, entregou ao baterista Lars Ulrich e ao produtor Greg Fidelman, e disse para eles editarem o material. "Eu queria que os solos fossem aqueles típicos de rock dos anos 70, ou em poucas palavras, como se fossem solos do Angus Young do AC/DC. Porque eu amo o groove do Angus, e nos últimos dois anos ou mais eu venho cada vez apreciando mais sua maneira de tocar, pois Angus sempre toca para a música. Alguns de seus solos são loucos e excêntricos, mas sempre, sempre estão dentro do contexto da música, e nunca soou como se Angus tivesse planejado aquilo, parecia que ele apenas entrava lá e se jogava, e foi isso que eu fiz. Eu tinha que fazer assim porque era assim que eu me sentia por dentro. Eu queria espontaneidade. Eu não queria solos perfeitos porque alguns dos meus solos favoritos foram meio desajeitados, e eu adoro isso".
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