Em 1986, Ozzy afirmou que Tony Iommi parecia "um poste de luz com uma guitarra"
Por Mateus Ribeiro
Postado em 29 de fevereiro de 2024
O vocalista Ozzy Osbourne e o guitarrista Tony Iommi, ambos integrantes originais do Black Sabbath, gravaram alguns dos maiores clássicos da história do Heavy Metal. A dupla, que trabalhou do final da década de 1960 até 1979, registrou músicas inesquecíveis, como "Paranoid", "War Pigs", "Iron Man", "Children Of The Grave", "Changes", "Sabbath Bloody Sabbath" e "Symptom Of The Universe", apenas para citar algumas.
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A parceria acabou em 1979, quando Ozzy foi demitido do Black Sabbath por conta de seus vícios. Apesar de estar arrasado, o Madman montou sua própria banda e conseguiu se reerguer. Quanto ao Sabbath, Iommi recrutou Ronnie James Dio e seguiu sua caminhada, porém, não levou muito tempo para a coisa degringolar. A partir de 1982, quando Dio e Vinny Appice saíram do Sabbath, a banda passou a trocar de integrantes com a mesma frequência que time na zona de rebaixamento demite e contrata treinador.
Em 1986, Ozzy estava vivendo uma boa fase, já que seu quarto disco de estúdio, "The Ultimate Sin", havia vendido um milhão de cópias. O Madman fez uma turnê pelo Japão para divulgar o álbum e nada parecia capaz de tirar seu sossego. Porém, o músico foi alvo de uma ação movida pelos pais de John McCollum, rapaz que tirou sua vida no final de 1984. O jovem de 19 anos teria se matado após ouvir "Suicide Solution", música do primeiro disco da banda de Ozzy Osbourne ("Blizzard Of Ozz", de 1980).
"O fato é que havia um garoto que estava muito doente – aquele pobre garoto estava bem doente antes mesmo de ouvir um disco de Ozzy Osbourne. Eu realmente sinto muito pelos pais e pela criança. Mas eu também sou pai e se meu filho se trancasse no quarto o tempo todo e agisse de maneira anormal, eu ficaria angustiado e, como pai, eu tentaria descobrir qual era o problema e me certificaria de que ele tivesse ajuda profissional de um psiquiatra ou algo assim", disse Ozzy, durante entrevista concedida à revista Smash Hits em 1986, que foi publicada pela Classic Rock.
"Mas eles estão apenas tentando passar a responsabilidade para outra pessoa - eu! É um absurdo me culpar. O pobre garoto deu um tiro na cabeça com a arma do pai. Em vez de me processar, por que não processam as pessoas que venderam a arma?", acrescentou o Madman.
Na mesma entrevista, Ozzy também falou sobre Ronnie James Dio (que o substituiu no Black Sabbath) e Tony Iommi. E pelo visto, ele não gostava de ver nenhum dos dois em ação.
"Eu não sou um cantor. Há um milhão de cantores melhores do que eu. Ronnie James Dio é um cantor muito melhor do que eu, mas ele não tem carisma. [Ele faz] Dois sinais do Diabo e acabou. É como ver o gelo derreter. Tony Iommi não tem carisma - é como assistir a um poste de luz com uma guitarra. Eu tenho CARISMA e você não pode tirar isso de mim", afirmou o desbocado vocalista, que na época, achou que estava perto da morte.
"Provavelmente morrerei em breve, no ritmo que tenho seguido há 18 anos", disse Ozzy, que está vivo e lançou um novo disco de estúdio em setembro de 2022.
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