Bruce Dickinson sobre Chris Cornell: "Foi uma das melhores vozes que já ouvi"
Por André Garcia
Postado em 01 de março de 2024
A história do rock foi feita, entre muitas outras coisas, de alguns dos maiores cantores do século: Elvis Presley, Paul McCartney, Freddie Mercury, Ronnie James Dio, Axl Rose… Na cena grunge mesmo tiveram vários: Kurt Cobain no Nirvana, Eddie Vedder no Pearl Jam, Layne Staley no Alice In Chains… e, antes de todos eles, Chris Cornell no Soundgarden.
Com uma ampla extensão vocal, agudos arrepiantes e um extraordinário poder de interpretação, a voz de Cornell tinha como base as densas, sombrias e pesadas linhas de guitarra. Muitos o consideram um dos maiores vocalistas do rock — Bruce Dickinson é um deles. Em recente entrevista para a Songfacts o frontman do Iron Maiden disse:
"Um [grande vocalista] que infelizmente não está mais entre nós, Chris Cornell foi uma das melhores vozes que já ouvi em qualquer geração. E, infelizmente, ele se foi. O cara do Angra [Andre Matos] também se foi. Então, todos esses caras se foram, e eles tinham a capacidade de realmente emocionar as pessoas. Eles podiam gritar e berrar como os melhores, mas tinham a capacidade de emocionar as pessoas com suas vozes."
"Uma das minhas apresentações favoritas de Chris Cornell", prosseguiu, "(para mostrar o quanto ele era bom) foi o tema de James Bond ['You Know My Name', da trilha sonora do filme Cassino Royale, de 2006]. Aquela foi uma ótima performance vocal."
Enquanto muitos figurões do metal torceram o nariz para o grunge no começo dos anos 90, Bruce Dickinson enxergou seu potencial e até lançou o "Skunkworks" (1996). Na época o disco foi considerado uma tentativa de grunge por parte do vocalista, em um momento em que a cena de Seattle já tinha saturado e era considerada águas passadas. Recepção semelhante teve o Kiss no ano seguinte com "Carnival of Souls" (também influenciado pelo grunge).
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