David Gilmour explica por que se sentia "restrito" ao tocar com o Pink Floyd
Por André Garcia
Postado em 27 de maio de 2024
Todo mundo que tem uma banda em algum momento já sonhou acordado em um dia ser tão grande quanto um Pink Floyd. Para quem faz parte de uma banda tão grande quanto um Pink Floyd, assim como David Gilmour, tamanha grandeza se torna uma grande prisão.
O assunto surgiu em uma entrevista de 1992, em meio ao hiato entre "A Momentary Lapse of Reason" (1987) e "The Division Bell" (1994). Gilmour foi perguntado sobre sua parceria com Pete Townshend — que contribuiu com duas letras para seu álbum solo "About Face" (1984), e respondeu:
"Acho que Pete [Townshend] sente certas restrições no que gosta de fazer com o The Who — assim como acho que todos nós sentimos restrições em tudo o que fazemos, devido a nossa personalidade e o papel que criamos para nós mesmos. Sei que ele se sentia desconfortável com certas coisas; coisas que só podia expressar em carreira solo."
Em seguida, ele confessou a razão da restrição que sentia no Pink Floyd já naquela época.
"Para mim, a restrição era a escala que o Pink Floyd havia tomado, mais do que qualquer outra coisa. É bom sair e fazer algo em outra escala, sair [em turnês menores e] tocar em teatros, o que não é sequer uma possibilidade com o Pink Floyd."
"Gosto da grande escala do Pink Floyd. Muita gente quer comprar ingresso para ver essas coisas, e isso gera uma responsabilidade que não recai sobre mim quando toco sozinho. [Tocar sem o Pink Floyd] é uma mudança, é agradável."
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