A trágica última turnê de Malcolm Young com o AC/DC: "Reaprendeu músicas que já sabia"
Por Gustavo Maiato
Postado em 09 de julho de 2024
Em 18 de novembro de 2017, o guitarrista do AC/DC, Malcolm Young, faleceu. Ele é frequentemente apontado como o maior expoente rítmico das seis cordas de todos os tempos.
Sua perda foi em decorrência de vários fatores e um deles foi a demência, uma doença cruel que o fez "desaprender" muitas coisas que ele já sabia, incluindo suas habilidades na guitarra e músicas que ele já sabia há muito tempo.
Angus Young disse, conforme entrevista publicada pela Far Out: "Ele não estava bem quando fomos fazer [o álbum de 2008] ‘Black Ice’: seus sintomas de demência estavam começando naquela época, e ele conseguiu superar," lembrou. "Eu disse a ele, mesmo antes de fazermos o álbum: 'Você tem certeza de que quer fazer isso? Eu preciso saber que você realmente quer fazer isso'. Ele foi quem disse: 'Sim! Temos que fazer isso'."
Isso continuou nas turnês também, "Eu disse: 'Você vai estar apto para isso? Porque vai ser uma turnê pesada'," disse Young, "E ele disse: 'Vamos fazer. Vamos fazer'. Era assim que ele era. Foi um trabalho duro para ele. Ele estava reaprendendo muitas daquelas músicas que conhecia de trás para frente; as que estávamos tocando naquela noite, ele estava reaprendendo", disse.
Como foi a morte de Malcolm Young
Malcolm Young, guitarrista e cofundador do AC/DC, foi o arquiteto silencioso por trás de uma das bandas mais influentes do rock. Conhecido por sua firmeza e independência, ele criou riffs icônicos que ajudaram a definir o som distintivo do AC/DC. Sua contribuição foi fundamental para o sucesso do grupo, tanto artística quanto comercialmente, apesar de sempre preferir os bastidores, deixando os holofotes para seu irmão, Angus Young, e outros membros da banda.
De acordo com matéria de Igor Miranda, nos últimos anos de sua vida, Malcolm foi diagnosticado com demência, uma condição que deteriora as capacidades cognitivas.
A doença se manifestou antes das gravações do álbum "Black Ice" (2008) e se agravou ao ponto de forçar seu afastamento definitivo da banda em 2014. Malcolm passou seus últimos anos em uma instituição especializada na Austrália, deixando um legado imensurável no rock. Mesmo enfrentando a demência, sua influência no AC/DC permanece eterna, simbolizando a resiliência e a paixão que marcaram sua carreira.
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