Steve Harris defende o legado de Blaze Bayley no Iron Maiden.
Por Ricardo Bellucci
Postado em 27 de agosto de 2024
Entre muitos dos fãs do Iron Maiden, a era Blaze Bayley desperta, no mínimo, uma certa polêmica, em relação a qualidade do trabalho do vocalista. No entanto, devemos colocar as coisas no seu devido contexto, passado bastante tempo daquele momento. A voz de Blaze estava muito mais para a de um barítono, ao contrário de Bruce Dickinson, capaz de um alcance incrivelmente mais alto. Além disso, temos dois caras de personalidades bem diferentes, com musicais distintas, para não falarmos na bagagem de vida.
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Desprezar esses fatores, seria, no mínimo, ser injusto com Blaze. Dentro de suas capacidades e potencialidades, na época, podemos dizer que ele fez um excelente trabalho, dadas as circunstâncias. Substituir um frontman do calibre de Bruce não seria fácil para ninguém. Além disso, as músicas da era Blaze não são o resultado direto somente do trabalho dele, mas da banda como um todo. Assim creio que devemos colocar as coisas na perspectiva correta para sermos justos com Bayley. Será, também que a banda não poderia ter feito algo diferente para colaborar com o tom de voz de Blaze?
Em uma nova conversa com Andrew McKaysmith, do podcast "Scars And Guitars", o baixista e líder do Iron Maiden, Steve Harris, foi questionado se eles pensaram em diminuir meio tom ou até mesmo um tom durante para se adequarem mais a voz de Blaze Bayley, Refletindo sobre o período, o líder do Maiden respondeu de forma sincera.
"Hum, não realmente, não. Talvez em algumas coisas, em retrospecto, poderíamos ter feito. Mas não, nós realmente não pensamos sobre isso. Não foi, realmente, até que saímos e tocamos ao vivo que percebemos que havia algumas coisas... O estranho é que Blaze estava realmente confiante quando estávamos ensaiando. E então algumas vezes em algumas músicas, então nós tocamos ao vivo e talvez tenha havido um problema ou dois aqui e ali, mas em geral, ele lidou com isso muito bem. Mas é o que é. Eu suponho que em retrospecto você pode fazer todos os tipos de coisas, mas Blaze, ele ajudou a manter a banda viva por aquele período. Então nós devemos muito a ele."
Ou seja, apesar de todos os percalços, Blaze teve os seus méritos, inquestionavelmente, se olharmos dentro do contexto adequado. Lógico, gosto e opinião são coisas subjetivas e profundamente pessoais. Dentro dessa perspectiva, a faixa que mais me marcou (e creio, a outros fãs do Maiden) na era Blaze foi The Clansman. Espero que um dia, essa fase do Maiden, e principalmente, a passagem de Bayley possa ser "olhada" de forma mais justa e menos apaixonada, dando o devido valor ao "cara".
FONTE: Metal Wani
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