Michael Kiske fala sobre como é trabalhar com "dois vocalistas e meio" no Helloween
Por João Renato Alves
Postado em 16 de dezembro de 2024
Em 2017, o Helloween deu início a uma era que para alguns parecia destinada a ser evento de temporada. A formação mais recente da banda se reuniu a Michael Kiske e Kai Hansen em uma turnê para celebrar sua história. O resultado foi tão bom que rendeu um álbum que se transformou no maior sucesso comercial da carreira do grupo.
No momento, o sucessor já está sendo preparado. Em entrevista ao Metal Roos, via Blabbermouth, Kiske falou sobre o desenvolvimento do trabalho, que deve sair em 2025.
"Já está bem evoluído, temos muitas músicas. E como são dois cantores principais e meio, estamos meio que descobrindo o que soa melhor e o que está funcionando melhor para cada um. É sempre divertido. Deixamos Dennis Ward, que é o produtor criativo, por assim dizer — não sei como você chama isso; ele está ajudando com o processo criativo e o que quer que seja — muitas vezes ele dá sugestões. Ele conhece os dois cantores muito bem."
A participação do produtor, que já tocou com Michael e Andi no Unisonic e Pink Cream 69, respectivamente, acaba sendo um reforço para quando as coisas ficam no clima de indecisão. "A banda é muito caótica, então sempre precisamos de alguém lá para organizar um pouco as coisas. Ele geralmente sugere algo e nós tentamos. Se soa bem e é ótimo, legal. Mas às vezes acontece que eu não me sinto confortável ou Andi sente que eu deveria tentar, então fazemos isso. Quer dizer, teremos algumas situações em que nós dois faremos isso, só para ter uma ideia, como soa. Não é uma competição ou algo assim, mas há certas coisas que Andi faz muito melhor, e então há outras coisas em que eu posso brilhar. Você só tem que descobrir."
Até por isso, Kiske reconhece que a experiência de trabalhar com outro intérprete principal foi melhor do que ele mesmo imaginava no começo. "Eu amo isso. Quando a proposta surgiu, achei estranho. Quando os primeiros pensamentos de fazer algum tipo de reunião surgiram, imaginei que seria só comigo, mas não dá. Você não pode criar outro Helloween como uma competição para o Helloween.
A única maneira de fazer isso seria com todos juntos. E agora eu adoro isso, porque nem tudo está no meu ombro. Você pode compartilhar tudo, especialmente ao vivo. Se um vocalista ficar doente, podemos simplesmente trocar as músicas ou mudar um pouco o setlist. Andi e eu nos comunicamos com os olhos no palco. O mesmo com Kai. Ele pode assumir as partes vocais também, o que torna tudo muito mais fácil... E você também não precisa cantar tanto. Se eu tivesse que fazer um set completo de duas e meia, ou como em 2017, fizemos mais de três horas — quero dizer, tínhamos muitas filmagens sendo reproduzidas nos shows — mas se você fizer isso sozinho, é meio exigente; realmente desgasta. E dessa forma é uma jornada fácil. Eu amo isso. Eu nunca mais quero fazer diferente."
Recentemente, o Helloween anunciou uma turnê celebrando quatro décadas de carreira – considerando a partir do lançamento do EP homônimo, em 1985. O anúncio revela as primeiras datas pela Europa em 2025. Outros continentes receberão a excursão no ano seguinte. O Beast in Black será atração de abertura no Velho Continente.
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