Lobão avalia reunião do Vímana, sua banda de progressivo com Lulu Santos e Ritchie
Por Gustavo Maiato
Postado em 14 de dezembro de 2024
Lobão comentou sobre a possibilidade de reunir o Vímana, sua banda de rock progressivo dos anos 1970, durante sua participação no podcast Sem Filtro, que contou com Régis Tadeu, Paulo Baron e Walter Casagrande.
Para o baterista, a ideia é praticamente inviável. "Eu não acho, não acho. É muito pouco provável porque o Vímana está espalhado. O Luiz Paulo Simas, que era um dos pilares do grupo, está em Nova York, com uma carreira solo bem-sucedida e dando aulas na Escola de Música de lá. Ele não vai sair de lá. O Lulu está em outra, o Ritchie também, e eu... Acho que não seria muito provável isso acontecer."
Lobão também mencionou os desafios que uma reunião envolveria. "As músicas do Vímana eram altamente complexas, tinham 15 minutos, com arranjos complicadíssimos. Tocar aquilo era quase atlético. Você perdia uns 4 quilos por show. Para fazer isso agora, teria que tirar toda aquela tralha, ensaiar muito, e não sei se haveria disposição de todos."
Apesar de reconhecer as dificuldades, Lobão admitiu que participaria caso houvesse um convite. "Eu, pessoalmente, faria. Sinceramente, faria, porque seria um hobby para mim. Tocar bateria em uma banda tão virtuosa seria uma diversão. Mas não é só reunir, sentar e tocar. É preciso ensaiar, trabalhar, e hoje ninguém parece ter essa disposição."
O Vímana marcou o rock brasileiro nos anos 1970 com sua mistura de virtuosismo e experimentação. Formado por Lobão, Lulu Santos, Ritchie, Luiz Paulo Simas e Fernando Gama, o grupo lançou o compacto "Zebra/Masquerade" em 1977 e chegou a tocar em festivais importantes, como o Banana Progressiva e o Hollywood Rock. No entanto, tensões internas e diferenças criativas, agravadas pela chegada do tecladista suíço Patrick Moraz (ex-Yes), levaram à dissolução do grupo no final da década.
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