Como Metallica aprendeu com o Black Sabbath, segundo o lendário Tony Iommi
Por Gustavo Maiato
Postado em 01 de dezembro de 2024
Tony Iommi, lendário guitarrista do Black Sabbath, destacou a contribuição do Metallica e do movimento thrash metal para a evolução do heavy metal, ao mesmo tempo em que fez uma reflexão sobre a abordagem técnica de alguns músicos contemporâneos. Em entrevista à Guitar World (via Ultimate Guitar), o criador de riffs icônicos reconheceu a importância do Metallica para o gênero, mas confessou que o excesso de técnica em algumas performances atuais não é de seu agrado.
Iommi, conhecido por sua influência pioneira no metal, destacou a evolução da música pesada desde os tempos do Black Sabbath. Ao comentar sobre a influência de "Symptom of the Universe" no thrash metal, ele declarou: "Foi ótimo ouvir essas bandas de thrash prestando tributo a nós. É incrível como conseguiram levar adiante o que fizemos e transformar isso em algo novo. Como o Metallica, por exemplo, que provavelmente aprendeu coisas conosco e com outros também."
O guitarrista também elogiou a forma como o Metallica moldou o som do thrash metal: "O que eles fizeram com o som do metal, transformando-o em thrash, foi fantástico. Eles sempre foram respeitosos conosco e são caras adoráveis. Adoro a atitude deles, a maneira como escrevem e tudo mais. Isso nos lembra muito de como éramos – todos em uma sala ensaiando juntos e levando as coisas a sério."
Apesar da admiração pelo que os novos músicos têm realizado, Iommi revelou sua preferência por um estilo mais orgânico e emocional. Ele admitiu que a busca pela perfeição técnica nem sempre o atrai:
"Os guitarristas técnicos de hoje são brilhantes. Até jovens em seus quartos estão fazendo coisas incríveis. Mas eu sempre volto às raízes do blues, olhando para dentro de mim mesmo e dizendo a verdade. Não penso no que pode impressionar as pessoas ou quebrar limites de velocidade. O que importa para mim é como soa."
Iommi explicou que prefere a espontaneidade à precisão rigorosa: "Algumas das guitarras que ouço hoje são técnicas demais. Você precisa acertar esta nota ou aquela. Eu não consigo fazer isso – se faço um solo em um disco, nunca o reproduzo igual ao vivo. Faço algo parecido, mas nunca exatamente igual."
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