Bruce Dickinson explica porque o primeiro Rock in Rio foi o melhor de todos
Por Bruce William
Postado em 15 de janeiro de 2025
Para Bruce Dickinson, o primeiro Rock in Rio, em 1985, foi uma experiência inesquecível que marcou tanto a história do Iron Maiden quanto a do Rock mundial. Em seu livro "Para Que Serve Esse Botão?" (Amazon), o vocalista relata sua chegada ao Brasil, um lugar até então desconhecido para ele: "Eu jamais ouvira falar de uma companhia aérea de nome Varig nem nunca tivera em mãos dinheiro brasileiro. Não fazia ideia de onde ficava a praia de Copacabana ou o Corcovado." A viagem para o festival parecia uma aventura exótica, e o que eles encontraram no Rio de Janeiro superou qualquer expectativa.
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Bruce descreve o festival como algo grandioso, com três palcos rotativos e uma estrutura projetada para 300 mil pessoas. Ele relembra o caos no backstage, onde "duas equipes rivais de seguranças estavam se engalfinhando, ambas com cachorros e ambas armadas." Apesar da tensão, o show foi um divisor de águas para o Iron Maiden. Segundo ele, foi a maior plateia para a qual já se apresentou: "Dava a impressão de se estender além do horizonte, além dos clarões difusos de cor e luz, escuridão adentro."
No entanto, nem tudo correu como planejado. Problemas técnicos irritaram o vocalista, que acabou se ferindo durante a performance. "Minha cabeça sangrava em profusão... espatifei minha guitarra contra a mesa de som, partindo-a no meio do braço. [...] No dia seguinte, a foto estava na primeira página dos jornais: eu, suado e ensanguentado, e trezentos mil novos fãs do Iron Maiden." Apesar dos percalços, o impacto do show foi tão grande que Dickinson o considera um dos momentos mais marcantes de sua carreira.
Em 2019, ao relembrar o evento, Dickinson reforça a singularidade do festival em entrevista ao Estadão: "Havia mais gente do que eu jamais vi em um só lugar em toda a minha vida. Era uma atmosfera de um pouquinho de caos, talvez não tão organizado quanto a maioria dos festivais, mas isso o tornou melhor." Ele destaca o entusiasmo do público e o ambiente único, afirmando que foi "um momento fantástico" e que abriu as portas do Brasil para o Iron Maiden.
O impacto do festival continuou nas décadas seguintes. Em 2001, a banda retornou ao Rock in Rio para gravar um de seus álbuns ao vivo mais emblemáticos. "Eu lembro do show, foi uma performance muito boa, e no fim eu estava praticamente esgotado. Passei três dias no hotel antes, me preparando", disse. Já em 2013 e 2019, reforçaram seu status como uma das principais atrações do festival. Para Bruce, no entanto, o primeiro Rock in Rio permanece incomparável, tanto pela intensidade quanto pela emoção que ele e a banda vivenciaram.
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