Como surgiu possibilidade da Legião Urbana ter Mingau no baixo, segundo Renato Russo
Por Gustavo Maiato
Postado em 07 de janeiro de 2025
A Legião Urbana viveu momentos de transição após a saída do baixista Renato "Negrete" Rocha durante a produção de "As Quatro Estações". Com a necessidade de voltar aos palcos, a banda chegou a testar Mingau, ex-baixista dos Inocentes, mas ele acabou não permanecendo no grupo. Renato Russo e Mingau detalharam esse processo em entrevistas.
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Renato Russo, em entrevista à revista Bizz (junho de 1990), explicou a decisão de buscar um novo baixista: "Eu tinha de colocar minha cabeça no lugar. Eu estava bastante confuso. O disco foi difícil de fazer, teve a saída do Billy, a renegociação do contrato com a gravadora, formamos nossa própria editora. Estávamos preocupados: será que vão gostar do disco? [...] Aí eu disse: vou para Nova York e, quando voltar, arrumamos uma sala de ensaio e a gente vai testando um baixista. Foi aí que apareceu o Mingau. Ele havia tocado com o Dado em outro projeto uma vez. Mas quem tem a palavra final sobre a escolha do baixista é o baterista. Então, isso foi o combinado."
Mingau, por sua vez, contou como foi a experiência em entrevista ao Vitrola Verde. "Eu estava tocando nos Inocentes quando Rafael Borges, que era empresário, chegou e disse: ‘Pô, o Negrete, saiu? Você não quer tocar tal coisa? Vamos embora, né, trabalhar. Vamos embora.’ Então, fui para o Rio e fiquei lá uns três ou quatro meses, ensaiando com o Renato. Ele estava viajando, estava nos EUA. Aí, eu fiquei com o Dado, a gente tocando e passando as músicas. Depois, surgiu um jams lá e, acabou que eu falei: ‘Meu, vou para São Paulo, vocês decidem aí.’ Então ficou assim e eles contrataram outro baixista."
Apesar dos ensaios com Mingau, a Legião Urbana optou por não incorporá-lo à formação oficial. A banda seguiu seu curso, enfrentando desafios como pressões econômicas e a necessidade de se apresentar ao público após dois anos longe dos palcos. Como disse Renato: "A garotada quer ver. A gente não pode virar uma banda de estúdio – no Brasil não tem muito cabimento."
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