Quando exatamente protagonista de "Hallowed Be Thy Name" morre enforcado na música?
Por Gustavo Maiato
Postado em 24 de março de 2025
Entre as músicas mais emblemáticas do Iron Maiden, "Hallowed Be Thy Name" é também uma das mais enigmáticas. Parte do disco "The Number of the Beast" (1982), a faixa narra os pensamentos de um prisioneiro nas horas finais antes da execução. Mas afinal: em que momento da música o protagonista morre? Quando é enforcado?
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Essa é a questão central de um trecho instigante do livro "The Number of the Beast – Um clássico do Iron Maiden", escrito por Stjepan Juras e publicado no Brasil pela editora Estética Torta. A análise, que ocupa as páginas 240 e 241 da obra, aborda as principais interpretações dos fãs e propõe uma leitura precisa sobre a sequência dos acontecimentos narrativos e musicais.
Segundo Juras, a mudança de ritmo que ocorre por volta dos 3 minutos e 43 segundos marca o momento crucial: o enforcamento. "Se um vídeo da música existisse e seguisse convenções dramáticas, esse seria o ponto ideal para mostrar a sentença sendo executada", afirma o autor.

Logo após a frase "Take my soul, ‘cause it’s willing to fly away" ("Pegue minha alma, pois ela está disposta a voar"), a música acelera e dá lugar a um solo intenso de Dave Murray, seguido por Adrian Smith. Esse trecho instrumental, conforme Juras, representa o salto do condenado e sua morte física.
"A morte real acontece no momento em que Dave começa seu solo, logo acompanhado por Adrian – que envia o protagonista diante de uma queda em espiral até o ‘outro lado’", analisa.
O trecho final da música, com o verso "Hallowed be thy name", é visto não como o momento derradeiro, mas como uma espécie de reflexão póstuma. A frase repetida com crescente intensidade ("Yeah, yeah, yeah – Hallowed be thy name") seria a aceitação irônica da morte, ou o pensamento solto de alguém recém-executado, já sem corpo, ecoando entre dimensões incertas.

A análise propõe uma leitura teatral e detalhada da canção. Para quem conhece "Hallowed Be Thy Name" apenas pela força de sua melodia ou pela performance ao vivo, a proposta de Juras é clara: ouça novamente — e repare no instante exato em que o personagem encontra seu fim.
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