A técnica de Dave Mustaine na guitarra em que Marty Friedman "nunca foi bom"
Por Gustavo Maiato
Postado em 18 de março de 2025
Marty Friedman e Dave Mustaine fizeram uma dupla lendária dentro do thrash metal e álbuns do Megadeth como "Rust in Peace" e "Countdown to Extinction" entraram para a história. Os dois guitarristas apresentam estilos diferentes, mas o que será que Friedman acha de complicado na técnica de Mustaine?
Em entrevista publicada pelo Masters of Shred e transcrita pelo Ultimate Guitar, Friedman elogiou a capacidade de tocar a guitarra rítmica de seu ex-companheiro de Megadeth. "Dave tem um estilo de ritmo realmente único, e isso é muito importante para o som [do Megadeth]. Eu acredito que tenho um estilo de solo muito único, e, por sorte, eles se encaixaram como [engrenagens de um] relógio. Foi algo que simplesmente aconteceu – como manteiga de amendoim e chocolate. Poderia ter dado errado, mas, por sorte, funcionou."

O músico explicou que para ele foi sempre muito difícil acompanhar Mustaine nessa questão da guitarra rítmica. "Foi muito difícil para mim chegar ao ponto de ter confiança nisso. Nunca fui bom nisso. Fiquei passável... É uma daquelas coisas – é sobre a pessoa. Eu não posso ser essa pessoa. E ninguém pode ser eu quando se trata dos meus solos".
O fato de ser muito difícil emular o estilo de outra pessoa também foi lembrado por Marty Friedman no bate papo: "Há quem pense: 'Se eu fizer um bend de meio tom, vou soar como o Marty'. Não, não é tão simples. Ou, 'Se eu abafar a corda com a palma da mão assim, vou soar como o Mustaine'. Não, não é tão simples. São muitas escolhas pessoais e de estilo de vida que se traduzem na guitarra. Você não está apenas aprendendo técnicas de um livro, você está ouvindo a vida de alguém".
Dave Mustaine e Marty Friedman
Marty Friedman foi um dos guitarristas mais marcantes da história do Megadeth, integrando a banda por quase uma década. Ao lado de Dave Mustaine, ajudou a moldar o som de álbuns clássicos como "Rust in Peace" (1990), "Countdown to Extinction" (1992) e "Youthanasia"(1994). Mesmo após sua saída, no início dos anos 2000, Friedman sempre manteve respeito por seu ex-colega de banda.
Em 2023, ele subiu ao palco com o Megadeth pela primeira vez em 23 anos para tocar três músicas no Japão. Segundo Friedman, o reencontro foi natural: "Foi como dois amigos na escola falando sobre ‘Vamos fazer uma jam’". O guitarrista também garantiu que nunca teve desentendimentos com Mustaine: "Se algum de nós trocasse um e-mail, seria totalmente casual. Nunca houve nada entre nós."
A saída de Marty Friedman do Megadeth
Após anos evitando o assunto, Marty Friedman finalmente abordou os detalhes de sua saída do Megadeth em sua biografia Dreaming Japanese. O guitarrista admitiu que não deixou a banda da melhor maneira, reconhecendo que sua decisão impactou negativamente o grupo.
"Não quero dizer que ferrei a banda, mas não foi uma coisa muito legal o que fiz. Não há desculpas, mas não tinha como acontecer de outra forma", explicou Friedman. Apesar disso, ele destaca que tanto sua carreira solo quanto a do Megadeth seguiram caminhos bem-sucedidos.
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