Bill Hudson rebate críticas que recebeu ao dizer que é preciso ser fluente em inglês
Por Gustavo Maiato
Postado em 12 de março de 2025
O guitarrista brasileiro Bill Hudson, que já tem longa carreira no exterior e hoje toca com a Doro, é um defensor da importância de ser fluente em inglês para conseguir se manter na profissão no exterior.
Em vídeo no seu Instagram, Hudson surge de forma humorada rebatendo as críticas de quem acha ao contrário. Ele aparece em um festival na Espanha e tenta se comunicar em português com os outros músicos. O resultado? Eles obviamente não entendem nada e um deles ainda diz: "O que diabos você está falando?".
"Eu recebi algumas críticas porque eu disse que tem que falar inglês fluente para ter uma carreira de sucesso na música fora do Brasil. Então vamos tentar falar português aqui nessa Arena na Espanha onde estou tocando com a Doro? Falar Inglês perfeitamente não é só um detalhe, nem algo que podemos acertar chegando lá. Se você não domina o Inglês igual ou próximo do Português, vai ter dificuldade… Vai ser o cara que perde as piadas, que é zoado etc", disse.


Na seção de comentários, o também brasileiro Gus Monsanto, que já trabalhou como vocalista fora do Brasil, fez coro aos argumentos de Bill Hudson. "Passando mal de rir. Velho, ser FLUENTE é o que me deu todas as oportunidades de trabalho que tive e tenho. Mais importante do que cantar, tocar, compor... Você tá falando o que é como é", resumiu.

Metal em inglês
Quer queira ou não, o inglês é idioma principal do metal e não é só Bill Hudson que resolveu comentar sobre o assunto. Em 2010, Andreas Kisser, do Sepultura, trouxe o exemplo do Rammstein como sendo exceção a regra, já que o grupo alemão canta em sua língua nativa.
"Os caras fazem um show espetacular, com fogos, explosões, luzes e lasers, fazendo os efeitos pirotécnicos do show do Kiss parecerem brincadeira de criança. O Rammstein é um exemplo de banda que canta na sua língua nativa e é mundialmente conhecida, pode lotar arenas em qualquer parte do mundo, não precisou "apelar" para o inglês para conseguir tocar fora da Alemanha. É muito raro ver isso acontecer, normalmente o mundo do rock torce o nariz para as bandas que cantam em outra língua que não o inglês", afirmou.

Na sequência de seu pensamento, Kisser então enumerou diversas bandas alemãs que resolveram cantar em inglês para melhor serem entendidas pelos fãs mundo afora.
"Só para dar o exemplo, outras bandas alemãs de rock optaram por cantar inglês, como o Scorpions, o Helloween, o Accept, Sodom, Kreator e Destruction. É fato que alguns artistas, antes mesmo do Rammstein, conseguiram destaque internacional cantando em alemão, como a Nina Hagen, o Falco e o Die Toten Hosen, mas em geral, seja qual for a língua, os grupos sempre escolhem o inglês. É o caso do Celtic Frost – que também escreve em inglês, apesar de ser da Suíça, onde se fala alemão, italiano e francês -, do Mercyful Fate, da Dinamarca, o Abattoir, da França, a Lacuna Coil, da Itália, e até o ABBA, que surgiu na Suécia".

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