O que diz a letra de "Carry On", lançada pelo Angra em seu álbum de estreia, "Angels Cry"
Por Bruce William
Postado em 02 de abril de 2025
Lançada em 1993 no disco de estreia do Angra, "Carry On" rapidamente se tornou a música mais conhecida da banda e também uma espécie de hino para seus fãs. O álbum "Angels Cry" apresentou ao mundo uma nova geração do metal brasileiro, misturando peso, técnica e melodia, no que é considerado um dos melhores trabalhos do gênero lançado por uma banda do país. Mas além do impacto instrumental, a força de "Carry On" está na sua letra, que traz uma mensagem de superação diante das dificuldades da vida.
A música começa em tom melancólico, com imagens como flores que desaparecem ao longo da estrada, solidão que domina e uma vida sem sentido. Em sua análise da canção, a professora de inglês Carina Fragozo explica que esse início representa alguém abatido pelas circunstâncias. Termos como "sucumbir" e "mente simplória" indicam uma fragilidade emocional que prepara o terreno para a virada motivacional que virá nos versos seguintes.
No meio da letra, há um convite à ação: "Follow the steps and you'll find the answer" (Siga os passos e você encontrará a resposta). A ideia é que, mesmo com caminhos incertos, a jornada deve continuar. A mensagem fica mais clara no refrão: "Carry on, there's a meaning to life / Which someday we may find" ("Siga em frente, existe um sentido para a vida / que talvez um dia descubramos"). Trata-se de um apelo à perseverança, à busca por propósito mesmo quando tudo parece confuso.
Ao longo da música, sem dúvida uma das maiores músicas do metal nacional, também aparece a figura de alguém que acompanha o protagonista. Quando se canta "You won't be alone / Marching on", é como se uma presença solidária estivesse dizendo: "Você não está sozinho". A letra permite diferentes interpretações - pode ser um amigo, um ente querido ou até mesmo algo espiritual. A intenção é justamente mostrar que há apoio, ainda que invisível.

Após a morte inesperada de Andre Matos em 2019, "Carry On" passou a carregar um peso emocional ainda maior. A mensagem de continuar mesmo após grandes perdas se tornou mais direta para os fãs, e a canção se firmou como um símbolo da ligação entre a obra de Andre e seu público. Hoje, mesmo quem conheceu o Angra depois daquela fase inicial reconhece em "Carry On" uma das maiores expressões do metal brasileiro, tanto em termos de som quanto em sentimento.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
"A maior peça do rock progressivo de todos os tempos", segundo Steve Lukather, do Toto
Nicko McBrain admite decepção com Iron Maiden por data do anúncio de Simon Dawson
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
O guitarrista consagrado que Robert Fripp disse ser banal e péssimo ao vivo
O guitarrista do rock nacional que é vidrado no Steve Howe: "Ele é medalha de ouro"
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
Mat Sinner anuncia que o Sinner encerrará atividades em 2026
O guitarrista que Mick Jagger elogiou, e depois se arrependeu
As duas músicas que Robert Plant e Jimmy Page apontam como o auge do Led Zeppelin
A "guerra musical" dentro do Guns N' Roses que fez a banda se desmanchar
O guitarrista que fundou duas bandas lendárias do rock nacional dos anos 1980
Como Angra trocou Toninho Pirani por Monika Cavalera, segundo Rafael Bittencourt
O disco do Queensryche que foi muito marcante para Kiko Loureiro e para o Angra
A bizarra teoria que aponta cantora do Calcinha Preta no Angra após post enigmático
A opinião de Rafael Bittencourt sobre o Whiplash.Net: "Estive lá de várias maneiras"
Por que Angra não chamou Marco Antunes de volta, segundo Rafael Bittencourt
Como político Arthur do Val aprendeu a tocar "Rebirth", do Angra, segundo o próprio
"O Angra foi formado com escolhas estéticas, não tinha mocorongo ali", diz Regis Tadeu
A sensata visão de Marcelo Barbosa sobre a crise entre Edu Falaschi e o Angra


