O conselho de Frank Zappa pra Jimi Hendrix e Eric Clapton tocarem melhor que foi ignorado
Por Gustavo Maiato
Postado em 19 de maio de 2025
Frank Zappa nunca teve papas na língua. Compositor prolífico, guitarrista inventivo e crítico feroz dos vícios da indústria musical, ele também não poupava grandes nomes do rock. Em entrevistas ao longo da vida, deixou claro que, na sua visão, Jimi Hendrix e Eric Clapton poderiam ter sido músicos ainda mais extraordinários — se tivessem deixado as drogas de lado.
Frank Zappa - Mais Novidades
"Conheci o Jimi", disse Zappa, em uma conversa resgatada recentemente por fãs e compartilhada pela Far Out. "E acho que a melhor coisa que se pode dizer sobre ele é: era uma pessoa que não deveria usar drogas." Segundo Zappa, a influência dos entorpecentes limitava a performance musical. "Você não toca guitarra daquele jeito no palco ou no estúdio se estiver chapado. Já vi outros tentarem, não funciona."
Sobre Clapton, o recado foi semelhante: "Conheço o Eric. Não o vejo há muitos anos. Outro cara que não deveria usar drogas." O britânico foi aberto sobre sua batalha contra a heroína e o álcool, que durou duas décadas.
Zappa, que afirmava ter fumado menos de dez baseados na vida e era avesso a qualquer substância, conduzia sua carreira com disciplina. "Quando estou ensaiando para uma turnê, mantenho padrões rígidos: nada de drogas. No tempo livre, cada um faz o que quiser", afirmou.
Eric Clapton, Jimi Hendrix e drogas
Nascido em Seattle, Jimi Hendrix surgiu como ícone de uma contracultura que misturava talento, rebeldia e experimentações químicas. Entre ácidos, maconha e álcool, ele se consagrou com faixas como "Purple Haze" e "Hey Joe’, enquanto sua rotina pessoal se tornava cada vez mais instável. Conforme explica o site FHE Health, em setembro de 1970, aos 27 anos, Hendrix morreu sufocado pelo próprio vômito após ingerir uma dose letal de barbitúricos. A overdose não envolveu heroína, como se imaginava, mas comprimidos para dormir tomados em excesso.
Já Clapton, apelidado de "Deus" por fãs britânicos, seguiu um caminho igualmente tortuoso, conforme relata o site Castle Craig. Nos anos 1980, alternava entre cocaína, heroína e grandes quantidades de álcool. A dependência atingiu níveis críticos. Em sua autobiografia, o músico escreveu: "A única razão pela qual não me matei foi porque eu não conseguiria beber estando morto."
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As músicas do Iron Maiden que Dave Murray não gosta: "Poderia ter soado melhor"
Inferno Metal Festival anuncia as primeiras 26 bandas da edição de 2026
Os dois maiores bateristas de todos os tempos para Lars Ulrich, do Metallica
Os 5 melhores álbuns do rock nacional, segundo jornalista André Barcinski
Como foi para David Gilmour trabalhar nos álbuns solos de Syd Barrett nos anos 1970
A música favorita de todos os tempos de Brian Johnson, vocalista do AC/DC
A banda brasileira que está seguindo passos de Angra e Sepultura, segundo produtor
A banda de thrash fora do "Big Four" que é a preferida de James Hetfield, vocalista do Metallica
A "traumática" e "desagradável" experiência de ser preso, segundo Arnaldo Antunes
Guns N' Roses é anunciado como headliner do Monsters of Rock 2026
O músico que Neil Young disse ter mudado a história; "ele jogou um coquetel molotov no rock"
Adeus Megadeth! Último disco será lançado no Brasil em janeiro de 2026
O hit de Paul McCartney que John Lennon queria ter cantado: "Eu teria feito melhor"
A banda que deixou o Rage Against The Machine no chinelo tocando depois deles em festival
Valores dos ingressos para último show do Megadeth no Brasil são divulgados; confira


Quando Frank Zappa se rendeu ao rock britânico por causa de uma linha de baixo
O mestre da música complexa que queria cuidar do AC/DC, pela qualidade de sua obra
A música que foi feita para preencher espaço em disco e virou um dos maiores clássicos do rock


