As lições que Ice-T aprendeu com Jimi Hendrix, Lemmy e Ozzy Osbourne
Por Bruce William
Postado em 20 de junho de 2025
Tracy Marrow, mais conhecido como Ice-T, sempre teve a música como guia, mas ele não se prendeu a um único ritmo. Criado em Summit, Nova Jersey, foi embalado por discos de James Brown, soul de raiz e muito funk que rolava alto na casa do pai. Ainda garoto, virou rei do breakdance na escola, sem nem sonhar que um dia estaria à frente de uma banda de metal que botaria medo em meio mundo.

A chave virou quando um primo apresentou a guitarra selvagem de Jimi Hendrix. Não era só um som: era um recado de liberdade. Ice-T entendeu na hora que palco não é lugar pra regras. "Ele subia no palco pra improvisar na cara dura. Se quisesse acompanhar, acompanhasse. E sendo negro, mostrava que não existe barreira nenhuma: se você é bom, vão ter que respeitar", resumiu, anos depois, em uma sessão de perguntas e respostas para a Classic Rock.
Quando mergulhou de vez no metal com o Body Count, foi atrás de mais inspiração, e encontrou em dois gigantes: Ozzy Osbourne e Lemmy Kilmister. Pra ele, não bastava fazer barulho; era preciso ser o mesmo cara dentro e fora do palco, sem pose, sem personagem pra inglês ver.
Essa postura, Ice-T viu de perto quando dividiu bastidores e rolês com ambos. "George Clinton, Ozzy, Lemmy... todos reais, todos autênticos. Não mudam, não se vendem. Vão ser assim até morrer, por isso são meus heróis", contou, deixando claro que, pra ele, integridade vale mais do que discos de platina.
Essa mistura de rebeldia, irreverência e vida real moldou o Body Count, que de disco em disco chutou porta de festival, Grammy e qualquer rótulo. Não por acaso, a banda trouxe David Gilmour pra uma regravação de "Comfortably Numb", sem medo de esbarrar em outro mito do rock.
Hoje, perto dos 70 anos, Ice-T ainda carrega a mesma moral de quando dançava na calçada em Nova Jersey: subir no palco, ser fiel ao que acredita e mandar a real. Hendrix ensinou a não ter medo de se soltar. Lemmy e Ozzy mostraram que, debaixo de todo o barulho, quem é verdadeiro sempre vai ter respeito, com ou sem hit no topo das paradas. Pra quem duvida, basta ver Ice-T em ação: microfone na mão, fala afiada, dedo na ferida - exatamente como ele aprendeu com os monstros que vieram antes.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
Ouça "Body Down", primeira música do projeto Stanley Simmons
Será mesmo que Max Cavalera está "patinando no Roots"?
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Avenged Sevenfold lança single inédito para o novo jogo da franquia Call of Duty
Megadeth anuncia show em país onde nunca tocou
Regis Tadeu esculhamba "Atlas" e "Nothin", as duas músicas "novas" do Guns N' Roses
Régis Tadeu explica o que está por trás da aposentadoria do Whitesnake
Viúva de Canisso acusa Raimundos de interromper repasses previstos em contrato
Os dois bateristas que George Martin dizia que Ringo Starr não conseguiria igualar


As lições que Ice-T aprendeu com Jimi Hendrix, Lemmy e Ozzy Osbourne
Por que o Slayer é importante até os dias atuais, segundo Ice-T


