Steve Harris odeia ser chamado de herói, mas ele mudou o heavy metal com sua "galopada"
Por Bruce William
Postado em 20 de junho de 2025
Quem vê Steve Harris correndo pelo palco do Iron Maiden há mais de 50 anos pode achar que se trata apenas de um baixista virtuoso, mas na cabeça dele, não há nada de heroico nisso. Para Harris, tudo sempre foi questão de tocar como manda o figurino, ainda que seu jeito de dedilhar tenha virado uma das bases mais reconhecíveis do metal.
Foi ele quem popularizou o chamado gallop (ou galope), aquela levada rápida que virou sinônimo de Iron Maiden. "As pessoas dizem que eu inventei esse galope rítmico, mas tenho certeza de que ele já existia. Eu só dei mais destaque pra isso", contou à Bass Player. Canções como "The Trooper" ou "Hallowed Be Thy Name" são prova de que a fórmula combina técnica, energia e narrativa sombria na medida certa.

Mesmo com fama de detalhista, Harris diz que a pressa nunca foi meta. Algumas músicas o divertem porque são um desafio, outras justamente porque permitem não pensar em nada. Assim, ele garante que o público receba logo uma porrada sonora nos primeiros minutos de show, enquanto o técnico de som faz os últimos ajustes com a banda já incendiando a plateia.
Além de compositor, líder de turnê e até técnico do time de futebol do Maiden, Harris insiste que seu som vem mais dos dedos do que de equipamentos caros. "Não mexo muito no meu som. Já testei outros baixos, outros amplificadores... mas não estou nem aí pra ser aventureiro. O importante é o jeito que eu toco", resume.
Hoje, seu volume de palco não é mais tão absurdo quanto antigamente. No monitor, ele prefere ouvir só bumbo, caixa e tons, e costuma se refugiar num cantinho, encostado no próprio amplificador, quando quer voltar pro seu canto, onde o som dele tá redondo no meio da barulheira de guitarras.
No fim das contas, seu truque é o mesmo há décadas: não duvidar de nada, nem de si mesmo. "Ser teimoso não é tão ruim. Dá foco. Se você começa a hesitar, todo mundo sente isso. O pessoal precisa de convicção, não de dúvida", avisa o líder que dispensa o rótulo de herói, mas que ajudou a criar o barulho que hoje ninguém mais confunde.
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