A formação que durou pouco tempo, mas gravou um dos maiores clássicos do Megadeth
Por Mateus Ribeiro
Postado em 27 de agosto de 2025
Não é novidade que o Megadeth teve diversas formações ao longo de sua trajetória. Fundado há mais de 40 anos, o grupo passou por inúmeras mudanças em seu line-up, e o único integrante constante em todas as fases é o guitarrista, vocalista e membro fundador Dave Mustaine.
A configuração mais duradoura reuniu Mustaine, Marty Friedman (guitarra), David Ellefson (baixo) e Nick Menza (bateria). Esse quarteto permaneceu unido entre 1990 e 1998, período em que gravou boa parte das músicas mais celebradas da banda.
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Por outro lado, houve line-ups que resistiram pouco tempo. Um exemplo é a formação ativa entre 1987 e 1989, composta por Dave Mustaine, Jeff Young (guitarra), David Ellefson (baixo) e Chuck Behler (bateria).
Esse time gravou apenas um álbum com o Megadeth: "So Far, So Good… So What!". Lançado em janeiro de 1988, o disco não é uma obra-prima, mas carrega um dos maiores clássicos do grupo em seu repertório: "In My Darkest Hour".
Pesada e carregada de emoção, "In My Darkest Hour" começou a ser composta logo após Dave Mustaine receber a notícia da morte do baixista Cliff Burton, com quem havia trabalhado no Metallica. O líder do Megadeth relembrou esse momento doloroso em entrevista à Rolling Stone.

"Eu escrevi a música quando soube que Cliff havia morrido. Uma amiga minha, a ‘Metal’ Maria Ferrero, me ligou para dizer que ele tinha sofrido um acidente de ônibus [...]. Na época, eu fiquei extremamente abalado e escrevi a música de uma vez só, depois fui aprimorando a letra o mais rápido que pude. Foi um período muito doloroso para escrever aquela música.
A sonoridade de "In My Darkest Hour" contrasta com a fúria expressa na letra. As palavras cantadas por Mustaine remetem a uma relação amorosa que ele levou bastante tempo para superar.
"A ‘darkest hour’ [hora mais sombria] na música é o momento em que eu soube que estava sozinho. A letra fala sobre Diana, minha musa [risos], a mesma mulher com quem eu estava saindo na época de ‘Loved to Deth’ [faixa do primeiro disco do Megadeth, ‘Killing is My Business… and Business is Good!’]. Eu escrevi ‘Tornado of Souls’, ‘Trust’, ‘This Was My Life’, ‘99 Ways to Die’ – todas sobre ela também. Hoje sou muito, muito feliz no meu casamento, mas só houve uma outra pessoa que realmente tocou tão fundo no meu coração. Acho que todos nós temos isso: um relacionamento com alguém por quem nos apaixonamos profundamente, mas que nem sempre dura."

No ano seguinte ao lançamento de "So Far, So Good… So What!", Jeff Young e Chuck Behler foram demitidos. Eles foram substituídos, respectivamente, por Marty Friedman e Nick Menza. Mas essa já é outra história. Agora é hora de dar o play e ouvir a criação mais famosa da formação que durou pouco tempo, mas gravou um dos maiores clássicos do Megadeth.

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