A picaretagem que Bon Jovi fez para diminuir rombo no cofre, segundo Regis Tadeu
Por Gustavo Maiato
Postado em 18 de setembro de 2025
O anúncio da "Forever Legendary Edition", nova versão do álbum "Forever" (2024), causou expectativa entre fãs de Bon Jovi. Mas para o crítico musical Regis Tadeu, trata-se apenas de uma jogada oportunista para arrancar dinheiro de seguidores devotos. Em vídeo publicado em seu canal, ele não poupou ironias ao comentar o relançamento.
Logo de início, Regis foi direto ao ponto: "Parece incrível, mas muitos fãs estão ansiosos e mergulhados de cabeça na poça da mediocridade. Mediocridade requentada, claro, por causa do anúncio do tal Forever Legendary Edition, que é uma reedição patética do disco fracassado que o Bon Jovi lançou em 2024. Isso se trata de mais um bate-carteira em cima dos fãs bobalhões que acreditam e aceitam qualquer picaretagem sem questionar nada."


O álbum original, lançado no ano passado, mal conseguiu se manter nas paradas e vendeu pouco. Agora, a gravadora Island resolveu explorar o catálogo com convidados especiais. Para Regis, a lista não passa de um truque de marketing: "A gravadora resolveu escavar o cadáver que ainda tá quente para tentar ressuscitar esse mesmo cadáver musical com uma lista de convidados que, salvo raras exceções, Bruce Springsteen é uma delas, parece mais um leilão de celebridades em fim de carreira do que uma ideia musical inspirada."

Regis Tadeu e Bon Jovi
Entre os artistas envolvidos, o crítico citou participações que considerou questionáveis. "Claro que tem exceções, que compensam de uma certa maneira as desagradáveis presenças da Avril Lavigne, do Joe Elliott, que é o vocalista do Def Leppard, e mais um monte de gente do terceiro escalão do pop atual."
A faixa inédita "Red, White and Jersey" também foi alvo de críticas duras: "É uma música simplesmente pavorosa, porque soa como um pseudo-hino patriótico forçado, daqueles que tentam evocar orgulho americano, mas que acabam fedendo ao oportunismo eleitoral. Isso não é criatividade, isso é cinismo requentado. É o clássico bate-carteira da indústria fonográfica."

Para Regis, a justificativa oficial de Jon Bon Jovi não passa de cortina de fumaça: "No comunicado de lançamento, ele falou que esse disco nasceu de uma necessidade, citando a cirurgia que fez nas cordas vocais. Agora, qual é, meu? Não me vem com esse papinho de ajuda de amigos. É uma manobra para minimizar prejuízos, explorando a estupidez, ou devo dizer, a devoção cega das fãs do Bon Jovi, que há décadas engolem essas reciclagens que ele solta disco após disco."
O crítico concluiu que a nova edição apenas reforça o declínio criativo da banda e da própria gravadora: "Comprar essa reedição é como pagar para ver de novo um show de cirquinho do interior, só que com umas luzes diferentes, falso glamour e, obviamente, um conteúdo vazio. Acordem fãs, vocês estão sendo enganadas."

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