Os megahits do Black Sabbath que Randy Rhoads detestava tocar com Ozzy Osbourne
Por Gustavo Maiato
Postado em 01 de setembro de 2025
Quando Ozzy Osbourne saiu do Black Sabbath e iniciou sua carreira solo, a pressão era imensa: como superar a sombra da banda que havia revolucionado o heavy metal? A resposta veio com o disco "Blizzard of Ozz" (1980), gravado ao lado de Randy Rhoads (guitarra), Bob Daisley (baixo) e Lee Kerslake (bateria). O álbum e seu sucessor, "Diary of a Madman" (1981), se tornaram clássicos.
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Porém, de acordo com Daisley, nem tudo era perfeito nos bastidores. Em entrevista ao podcast Artists on Record, transcrita pelo Ultimate Guitar, o baixista revelou que Randy não gostava de revisitar músicas de sua antiga banda. "Randy… ele não gostava de tocar as músicas do Black Sabbath. Ele não era fã do Black Sabbath. A gente fazia um medley no final do show no Reino Unido, com ‘Paranoid’, ‘Iron Man’ e acho que ‘Children of the Grave’. Ele não gostava de fazer isso", contou.

Randy Rhoads e Black Sabbath
Segundo Daisley, Rhoads já pensava em deixar a vida de rockstar para se dedicar à música clássica. "Estava chegando ao ponto em que Randy não queria mais estar em uma banda de rock, porque queria continuar seus estudos e tirar o mestrado. Então, ele sairia de qualquer jeito, talvez depois de mais um ou dois álbuns", disse.
Esse lado mais sério e estudioso contrastava com a energia explosiva que o guitarrista levava ao palco. Sua morte trágica em 1982, em um acidente de avião, interrompeu uma carreira que poderia ter seguido outro rumo — talvez distante do rock pesado.

Daisley também recordou que, no início, a ideia era criar um grupo com identidade própria, e não apenas uma banda de apoio. "Antes mesmo do Lee entrar, Randy e eu éramos adamantemente a favor de ter um nome de banda. Mas isso acabou mudando quando o Lee chegou. O Randy era não-confrontacional. Ele vinha até nós e dizia: ‘Não concordo com isso, podem falar com o Lee?’. Então eu sempre falava em nome do grupo. Isso acabou fazendo de mim e do Lee os ‘caras maus’, porque o Randy não se envolvia."
Apesar das divergências, Daisley olha para o passado com orgulho: "É um bom pensamento imaginar que poderíamos ter feito mais música, mais álbuns clássicos, mas não era pra ser. Pelo menos tivemos aqueles dois, e eu tenho muito orgulho deles".

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