Regis Tadeu explica como o Aerosmith gravou seus dois maiores álbuns
Por Bruce William
Postado em 13 de outubro de 2025
Muito se fala sobre como a criatividade floresce em meio à disciplina, mas no rock nem sempre foi assim. Em vídeo publicado no youtube, Regis Tadeu apontou o Aerosmith como um exemplo de banda que conseguiu transformar o caos absoluto em arte duradoura. Segundo ele, "Toys in the Attic" (1975) e "Rocks" (1976) nasceram em meio a vícios pesados e uma rotina de excessos.
"Meu amigo e minha amiga, se você acha que rock de verdade precisa de alma, precisa de suor, de sangue e claro uma dose cavalar de caos, então senta aí, pega uma cerveja ou pega um café", disse Régis, antes de apresentar os dois álbuns que considera fundamentais na carreira do quinteto de Boston.

O crítico destacou que os dois primeiros discos - "Aerosmith" (1973) e "Get Your Wings" (1974) - já mostravam potencial, mas foi em "Toys in the Attic" que a explosão realmente aconteceu. Com faixas como "Walk This Way" e "Sweet Emotion", o álbum colocou a banda em outro patamar. Régis descreveu a obra como "um clássico não só pela qualidade das composições, mas pela forma como capturou as entranhas do Aerosmith em seu momento mais doido".
A química entre Steven Tyler e Joe Perry, apelidados de Toxic Twins, era movida tanto por criatividade quanto por noites intermináveis de excessos. "O Aerosmith vivia imerso em um estilo de vida que fazia o Mötley Crüe parecer um grupo de garotinhas na porta da escola esperando as mamães aparecerem para buscá-las", ironizou Régis, destacando o contraste entre a desordem pessoal e a potência musical.
No ano seguinte, "Rocks" levou a intensidade ainda mais longe. Gravado em sessões caóticas, marcadas por desmaios e brigas no estúdio, o álbum soava mais pesado e agressivo que seu antecessor. Músicas como "Back in the Saddle", "Last Child" e "Nobody's Fault" mostravam uma banda confiante, mas à beira do colapso, na visão de Regis. E, para ele, essa tensão foi justamente o que garantiu o impacto: "Essa sensação que você tem ao ouvir o 'Rocks' hoje, cara, é o disco de uma banda no limite, que estava no topo do mundo e na beira do abismo ao mesmo tempo".
Décadas depois, os dois discos seguem sendo reverenciados. Artistas como Slash e James Hetfield já declararam que "Rocks" foi influência direta em sua forma de tocar. Para Régis, eles representam o Aerosmith em sua essência: talento, química e um estilo de vida que era a própria definição de sexo, drogas e rock and roll. "Quando você ouve esses discos até hoje, não tem como não ficar de queixo caído", concluiu o crítico no vídeo, que pode ser visto no player abaixo, reforçando que a autenticidade desses trabalhos ainda ecoa como dois marcos incontornáveis do hard rock.
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