O que James Hetfield realmente pensa sobre o Megadeth; "uma bagunça triangulada"
Por Bruce William
Postado em 11 de dezembro de 2025
Quando o assunto é Metallica e Megadeth, muita gente espera uma resposta atravessada, meio "guerra fria eterna", graças ao passado em comum. Só que o próprio James Hetfield já descreveu essa história de um jeito bem mais prático do que vingativo - como algo que precisava acontecer para as duas trajetórias saírem do lugar certo.
Metallica - Mais Novidades
Ele já deixou claro que respeita o Dave Mustaine como músico e como fundador do Megadeth. Em 2016, por exemplo, Hetfield chamou Mustaine de "um velho amigo nosso", destacou que ele "foi muito bem para si mesmo no Megadeth" e resumiu a virada pós-demissão com uma frase que não deixa margem para dúvida sobre admiração profissional: "Depois de ser expulso do Metallica, ele teve uma carreira incrível. Dave é um guitarrista incrível, um grande compositor e fez coisas incríveis com a banda dele."
Ao mesmo tempo, Hetfield também explicou por que a separação não foi só inevitável, mas necessária para evitar um atrito interno que poderia travar tudo. Ele disse que não sabia se "feliz" era a palavra certa, mas que "foi necessário", porque haveria ele, Lars e Dave tentando dirigir ao mesmo tempo, "e isso viraria uma bagunça triangulada." O ponto importante aqui é outro: Hetfield reconhece que Mustaine tinha a mesma fome criativa e que isso ficou claro pelo que ele construiu no Megadeth.
Essa visão aparece de novo quando Hetfield fala sobre temperamento. Conforme relembrou a Rock And Roll Garage, em 2009, ele descreveu Mustaine como "uma pessoa incrível e talentosa", mas sugeriu que parte do caráter dele "tinha aquele espírito de revanche". E fez uma observação que é quase humana demais para uma treta tão famosa: "Se eu tivesse sido expulso do Metallica, eu teria um também."
Em 2013, Hetfield ainda comentou que enxergava Mustaine "mais saudável agora" e "menos amargo", mas não deixou de notar essa característica de dizer o que pensa sem filtro interno. Ele descreveu o Dave como "o cara que fala o que vem na cabeça e quer levar tudo adiante na base do impulso", mas completou com um detalhe que muda o tom da crítica: "há uma autenticidade nele quando fala... E quando ele diz coisas assim, é bem-intencionado."
Ou seja: nada de "amor total" nem de "mágoa eterna". É uma mistura de respeito real pelo músico, reconhecimento da importância do Megadeth como resultado dessa separação e consciência de que certas personalidades simplesmente não caberiam no mesmo volante. E o mais curioso é que essa leitura ganha um peso emocional extra quando a vida sai do roteiro de banda e entra em terreno sério. Em 2019, Mustaine contou que recebeu uma mensagem de Hetfield quando anunciou que estava com câncer e chamou James de "meu velho irmão", dizendo que ficou muito feliz em ouvir dele e que esse tipo de gesto mostra quem aparece "na hora da verdade".
Se a gente juntar só essas declarações, sem enfeitar com lenda urbana, fica um retrato bem sólido: Hetfield não nega o atrito, não romantiza o passado, mas também não diminui o que Mustaine construiu. Para ele, a saída do Dave foi dura, necessária e, no fim das contas, acabou abrindo espaço para duas carreiras gigantes seguirem cada uma do seu jeito - exatamente como a história mostrou que tinha de ser.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 5 discos de rock que Regis Tadeu coloca no topo; "não tem uma música ruim"
Dave Mustaine fala sobre "Ride the Lightning" e elogia Lars Ulrich: "Um excelente compositor"
O melhor disco de heavy metal de 2025, segundo o Loudwire
A banda que fez Jimmy Page passar vergonha; "eu não queria estar ali"
O maior cantor de todos os tempos para Steven Tyler; "Eles já tinham o melhor"
Loudwire escolhe parceria feminina como a melhor música de heavy metal de 2025
Motörhead "salvou" baterista do Faith No More de ter que ouvir Ted Nugent
O padrão que une todos os solos da história do Iron Maiden, segundo Adrian Smith
A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Cinco bandas que, sem querer, deram origem a subgêneros do rock e do metal
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
Para Mikael Akerfeldt (Opeth), o rock/metal progressivo virou regressivo

John Petrucci destaca influência de Maiden e Metallica na relação do Dream Theater com os fãs
Os clássicos de rock/metal da suposta playlist vazada de Donald Trump
Site diz que riff do Metallica "lembra demais" música do Aerosmith
As 10 turnês de rock mais lucrativas de 2025
Líder do Sweet Savage reconhece que o Metallica salvou sua carreira
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
De Tony Iommi a Jim Martin, os guitarristas que Max Cavalera admira
Será que ele curtiu? O dia que Adrian Smith tocou na guitarra de Kirk Hammett
A banda que o Metallica odiou fazer turnê: "Não é algo que gostaríamos de fazer de novo"
As 10 músicas do Heavy Metal que moldaram o gênero nos anos 80


