Sem amarras: cinco músicos que afirmam não compor músicas para os fãs
Por Emanuel Seagal
Postado em 21 de maio de 2024
Enquanto há bandas que mudam conforme a onda do momento, alguns músicos vão na contramão e até afirmam que esse não é o caminho do sucesso.
Dave Mustaine, líder do Megadeth, em entrevista realizada pela KNAC, falou sobre seu experimentalismo no álbum "Risk", e disse não ligar para críticos: "O mundo está cheio de críticos. Quero dizer, não escrevo música pra vocês, nunca o fiz e nunca o farei. Escrevo para mim mesmo. Agora, houve um período durante os anos do 'Risk' quando tentei ser mais explorador com o meu trabalho, mas não era como se estivesse fazendo algo para você ou outra pessoa. Outra coisa que disse no 'Decline of Western Civilization' é que se você toca música por dinheiro, você nunca fará dinheiro suficiente. Nós não tocamos pelo dólar, tocamos por convicções."
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O sueco Peter Tägtgren, embora conhecido pela banda de melodic death metal Hypocrisy e o projeto industrial Pain, tem seu nome vinculado com uma infinidade de bandas, seja com participações especiais em discos de nomes como Destruction, Sabaton, Therion e Tarja Turunen, ou como produtor e engenheiro de som de muitas das suas bandas favoritas do metal.
Em entrevista ao Metal Assault, Peter contou como não olha para trás após terminar um disco do Hypocrisy. "É claro que não quero lançar um disco do Hypocrisy que seja semi-bom. Quero fazer o melhor que posso naquele momento da minha vida. Escrevo música para mim mesmo. Se estou feliz com isso, então não importa o que as pessoas pensam. Normalmente quando lanço um disco, acabou e só me convenço de que foi o melhor que pude fazer naquele momento"
Tom Warrior, lendário frontman do Hellhammer, Celtic Frost e Tryptykon, ao ser questionado pelo site russo Darkside sobre sua popularidade, disse: "Não sou tão popular; há muitas pessoas que me odeiam fortemente (risos). Crio música extrema há mais de trinta anos, e música extrema cria reações extremas, sejam elas positivas ou negativas. Mas, sabe, não crio 'música de elevador.' Crio metal extremo, e as reações são tão apaixonadas quanto extremas. Escrevo música para mim mesmo. A minha música sou eu mesmo exorcizando meus próprios demônios, minha própria terapia, lidando com coisas que estão em minha mente. O que acontece após isso não é intencional nem está sob meu controle. É claro que é lisonjeiro se alguém gosta da sua música, mas não é por isso que componho. Escrevo música pela minha própria sanidade."
Trey Azagthoth, guitarrista do Morbid Angel, não mediu palavras, em vídeo da McVay Productions. "É assim que penso quando componho, se as pessoas não gostam, fod*-se. Fod*-se. Vá ouvir outra banda. Escrevo música para mim mesmo. Não componho para fã nenhum, e se eles não gostam, eles podem ir ouvir outra banda ou o que for. É assim que vejo as coisas. Não tenho medo, tipo, 'Bem, tomara que agrade' e 'Espero que esteja na moda' ou algo do tipo. Na verdade, eu tento ser anti-tendências. É um grande 'fod*-se' para qualquer um que quer seguir tendência ou regras, ou coisas assim; eles acham que isso é importante. Ao invés de algo vindo de vocês mesmos."
Anders Fridén, vocalista do In Flames, banda de melodic death metal que mudou bastante ao longo dos anos, falou em entrevista ao PureGrainAudio sobre os fãs que gostariam que eles voltassem ao seu som "clássico". "Não me incomoda. Fico feliz que as pessoas se importam. É melhor que o oposto. Não posso deixar isso me afetar, pois não componho música para um certo tipo de fã, um certo tipo de pessoa. Escrevo música para mim mesmo, que gosto, e as pessoas podem aceitar ou o que for. Se fossemos ouvir o que todos disseram sobre a gente no passado, ficaríamos loucos. Tenho meu Instagram e é isso. Eu não leio comentários. Eu não tenho Facebook. Eu gosto da reação cara-a-cara dos fãs que encontro quando estou tocando, e a maioria deles está muito feliz e realmente não falam nada sobre meus erros", afirmou.
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