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Garrafa Vazia: Punk rock de muito respeito direto do interior paulista

Por Mateus Ribeiro
Postado em 26 de fevereiro de 2021

A banda de punk rock GARRAFA VAZIA, oriunda de Rio Claro, interior de São Paulo, foi fundada em 2009 por Mario Mariones, baixista e vocalista. As origens do grupo, no entanto, remetem ao distante ano de 1998, quando o projeto começou a tomar forma, com outros nomes e formações diferentes.

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Apesar de ser um trio que faz muito sucesso no interior de São Paulo, o GARRAFA VAZIA é um nome muito respeitado em grandes centros, como a capital do estado e até mesmo outros países da América Latina.

Com doze anos de estrada, o GARRAFA VAZIA possui três álbuns de estúdio: "Corotinho", de 2016, "Cirrose" (ambos em vinil) e "Birinaite Apocalipse", lançado em 2020 pela seminal gravadora paulistana Red Star, no mercado desde 1998.

O trabalho mais recente da banda é um disco ao vivo lançado no ano passado, sob o sugestivo título "Kill The Nazis", que em português, significa "Mate Os Nazis", se referindo aos adeptos do Nazismo.

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O baixista/vocalista Mário Mariones bateu um papo com este redator e falou um pouco sobre as influências da banda, os planos para o futuro, o atual cenário da música no Brasil e outros assuntos, como a atual onda do conservadorismo que tem aparecido com força no circuito do rock, do punk e do metal. Confira a seguir alguns trechos da conversa.

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Mateus Ribeiro: Quais as principais influências do Garrafa Vazia?

Mário Mariones: O bom e velho punk rock.

Três notas e faça você mesmo, atitude na veia. [As influências] vêm de Ramones, do punk 77, além da linha hardcore punk de bandas de vários locais do mundo. O punk surgido aqui nos anos 80 aqui no Brasil faz muito a nossa cabeça, total inspiração.

E hoje ter o respaldo, o respeito da velha escola nos deu e nos dá muito gás, muita motivação pra seguir gravando discos e caindo na estrada.

MR: As letras da banda são inspiradas em quais temas?

MM: Há dois grandes ângulos. Um é o político – do viés do anarquismo, do inconformismo, diante de tudo que nos desapropria a vida, luta contra opressão - como pode ser visto nas músicas "Autonomia", "Hipócrita", "Luta Antirracista", "Autoexposição Vazia", "Coração Envenenado" e "Insubordinação".

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O outro ângulo é mais prosaico, que é retratado em outras músicas, como "Caixa de Fórfi" e "Forga Cerebral", "Copo Vazio", revelando a vida numa cidade de interior. Em ambos os casos, há também certa irreverência, uma fina ironia.

MR: Existe alguma banda que o Garrafa Vazia sonha em tocar junto?

MM: Boa pergunta!

Aqui no Brasil, já tocamos ao lado de grandes bandas old school, como Ratos de Porão, Cólera, Inocentes, Olho Seco, Garotos Podres, Devotos, Lixomania, AI-5, Fogo Cruzado, Invasores de Cérebros, Periferia S/A, Flicts e também alguns nomes gringos de peso, como GBH, The Vibrators (Inglaterra) e Wojczech (Alemanha).

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Em 2019, nós fomos chamados pra tocar em um dos maiores festivais punk do mundo, o Rebellion Festival, realizado na Inglaterra. Porém, por conta da mudança de formação, acabamos adiando nossa ida. Sonho mesmo seria tocar ao lado do Ramones, mas aí é sonho mesmo né ? (Risos).

MR: Tanto no punk quanto no metal, existem fãs conservadores, que apoiam as ideias de governantes extremistas. Como vocês enxergam esse cenário?

MM: De certa forma, o conservadorismo é o que é mesmo: uma piada de mau gosto. Pela internet é mamão pagar de reaça [reacionário]. Essas pessoas parecem robozinhos, o gado digital. Enfim, achamos realmente patética toda essa ladainha de m*rda da extrema-direita. Aprendam a conviver com a diferença. Viva a pluralidade. Vejo na extrema-direita a infelicidade, o tempo ocioso, o ódio gratuito. Uma mentalidade gregária, na recusa a pensar com a própria cabeça – e vivem suas dicotomias, suas questões mal resolvidas. Pagam de "meninos malvados" sob uma mentalidade deprimente, provinciana, como essa dos ditos "nacionalistas", que se refugiam num ideal de quinta-série.

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O rock é transgressão. O rock é rebeldia, é fogo na máquina... O rock nasceu para romper barreiras e fronteiras. Portanto, essas pessoas são infelizes e frustradas em algo, não é mesmo? Elas precisam de um ditador (risos) pra brincar de ser feliz matando inocentes - e terceirizam suas escolhas, arrotando clichês mal-ajambrados e porcamente generalizando tudo. Desacreditar a ciência, por exemplo, é deprimente, movimento retrógrado muito sério. Há muito ‘capachismo’, o imperialismo continua colonizando geral.

Repare, veja como seguem sempre enrustidos, frustrados, ressentidos em algo mal resolvido, e então criam seus inimigos imaginários, com as mesmas rasas generalizações, com uma suposta retórica rasa, medíocre, pensam por memes, e com vários perfis fake deleitam-se brincando de ‘fascistinha’ na internet.

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É decepcionante (sem querer generalizar, claro) o rock acompanhar essa onda reacionária. Entenderam tudo errado né? Rock é contestação. É ridículo o rock caminhar para um buraco sem saída cuja caricatura é a de um tiozão careta, do nicho x ou y, sectário e extremista, com suas hierarquias e impondo regras, legislando verdades de papelão sobre a b ou c.

MR: Nós sabemos que todas as bandas, de uma forma ou outra, foram afetadas pela pandemia. Como o Garrafa Vazia fez para se manter durante este período?

MM: Buscamos soluções e surgiram vários convites. Fizemos a MUTANTE LIVE no Estúdio Nosotros em Campinas, que gerou o [álbum ao vivo] ‘Kill The Nazis’. O disco contou com um trabalho sensacional da Bode Preto Produções. A interação em tempo real com pessoas de várias partes do mundo mostrou-se realmente fantástica. Vários nomes importantes do punk fizeram chamadas em vídeo anteriormente chamando a galera pra assistir a live. E a repercussão final, foi bem legal. E essa missão tomou dias e dias de ensaio. No fim, gerou o ‘Kill The Nazis’, com capa do Orangmatic, da Indonésia e mix e masterização do Artie Oliveira.

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Nós somos bem unidos, e amamos a música. Não há neurose ou pressão, apenas o compromisso de manter o Garrafa na ativa com força total. Então, aproveitamos para continuar produzindo material novo, seja audiovisual, participando de tributos ao punk nacional (tocando Replicantes), seja tocando em outras lives, como da Motim Underground e Don’t Stop Noise. Eu concedi algumas entrevistas e sempre rola participar em músicas com outros artistas também. Converso com pessoas do mundo todo, sempre estou na ativa do "marketing guerrilha", e no fim das contas, nos adaptamos à pandemia de forma criativa mesmo: tocando, compondo, divulgando, e, como eu disse, dialogando ainda com mais ênfase com nossos amigos ouvintes.

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MR: Já que você falou nos seguidores da banda, de onde vêm os fãs do Garrafa Vazia?

MM: De várias partes do mundo. A nossa audiência nas plataformas digitas, por exemplo, vem de várias partes do globo. Temos fãs em várias partes da América Latina, especialmente em países como Argentina e Bolívia. Língua latina e Garrafa Vazia têm um bom relacionamento. Também temos fãs em Portugal, na Indonésia.... É bem legal colher o fruto advindo de muito suor e luta.

A maioria dos nossos fãs no Brasil é de São Paulo, do interior. Também temos fãs em outras capitais, de norte a sul. Somos respeitados porque a banda é longeva, e tem canções realmente marcantes, sem falsa modéstia. Na pandemia notei com mais clareza isso, recebemos mensagens de fãs de vários cantos do país, de vários estados, de norte a sul, foi impressionante. É muito gratificante e motivador receber mensagens positivas. As pessoas elogiam as canções, compram o material, se mostram ávidas por novidades e lançamentos. Outro fato sensacional é constatar que bandas novas surgem assumindo influências do Garrafa. Isso não tem preço, "já valeu o ingresso".

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MR: Uma das principais características do GARRAFA VAZIA é a sua voz, que digamos, é peculiar. Como você desenvolveu este estilo de cantar?

MM: Desde os 12 eu tenho o grave, voz de baixo. É de família. Tenho um tio chamado Mario que tem a voz igual a minha. Irmão do meu pai. O estilo veio naturalmente, mas eu levei dez anos ouvindo outros artistas ao vivo, maturando possibilidades, ouvindo muitos discos de diversos estilos pra chegar nela como forma de expressão como ela é, natural.

Algumas pessoas pensam que é "drive", "gutural", mas é assim mesmo, na moral. Inclusive, algumas pessoas quando me escutam tomam um susto, e dizem "nossa, ele falando é do jeito que ele canta mesmo, caramba" (risos).

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Teve uma professora na faculdade de Rádio e TV que falou que o timbre é nórdico. Já um professor de história de Uberlândia falou que é africano o timbre. Eu brinco, digo que é gargarejo com areia.

Na real, quando componho, escolho uma região harmônica confortável. Canto com o coração. Sangue no ‘zóio’. Não quero imitar ninguém. As influências existem, é óbvio. Mas eu desenvolvi a identidade da voz e da banda, naturalmente, ao longo desses anos de observação e muitas gravações. E ganhar elogios de pessoas que fizeram história no rock me deixa muito feliz e satisfeito, como o irmão do Joey Ramone, o Mickey Leigh, que pirou na minha voz. Como o querido Redson, do Cólera (RIP). Da galera do metal ao punk rola uma identificação, é muito legal isso. Recentemente, fizemos uma live e nem usei microfone, e o Tulio, vocalista do DFC, banda que curtimos pra caramba, fez um comentário muito bacana sobre meu vocal. Isso é gratificante demais.

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MR: De onde surgiu a ideia do nome Garrafa Vazia?

Há três origens:

A primeira é de ordem niilista, estoica. No fim, todo mundo vai para o paletó de madeira, virar vizinho da grama né? Então pra que se levar tanto a sério? Um pouco de estoicismo nunca é demais.

A outra é que eu bebia muito, mas muito mesmo: mal acordava e a primeira coisa que fazia era tomar cerca de oito latas quente na sequência, virando, e da cerveja mais barata, claro. Então, eu era o ogro bêbado autodestrutivo, que tombava mundos de garrafas e copos americanos - certamente deixaria Bukowski bem orgulhoso. A garrafa vivia vazia.

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E a terceira origem é culpa da nostalgia!

Eu tenha uma fita VHS da Copa do Mundo de 1990, que foi realizada na Itália, que na época assisti, aos nove anos. Meu cunhado gravou o VHS.

Então, eu sempre revia a fita, que tinha melhores momentos de todos os jogos, vários locutores legais com seus bordões clássicos, várias emissoras fizeram a cobertura, havia toda aquela magia da época. Em um dos jogos, durante a escalação das equipes, enfático e dramático, o grande Osmar Santos anuncia: "o jogo é Colômbia e ‘Camerum’ [Camarões] - agora é que eu quero ver quem tem garrafa vazia pra vender!".

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Era aquela histórica peleja das oitavas, Colômbia e Camarões. Aquela, que teve o goleiro Higuita rock and roll, saindo do gol, "goleiro-linha", como de praxe, e no fim das contas perdendo a bola pro Roger Milla, veterano atacante de Camarões, que então tomou a ‘gorduchinha’ do arqueiro, fez o gol e foi pra bandeirinha de escanteio comemorar, dançando lambada, pura curtição.

Vale ressaltar que trabalhei na rádio Jovem Pan AM aqui da minha cidade e como comentarista esportivo, adoro essas histórias, e essa em especial marcou pra sempre meu imaginário.

Em síntese: somos todas garrafas vazias, quem se leva a sério demais vivendo uma persona, ‘egotrip’ que acaba caindo no papel do patético – afinal, olha só pra esse universo gigantesco, vamos conviver de maneira lúcida, sem "umbiguismos" - você não é mais do que ninguém, nem eu, nem ninguém.

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MR: Quais os planos futuros para a banda?

MM: Vamos lançar agora em março o segundo split ao lado do Garrafa Social. O primeiro, lançado faz pouco tempo, trouxe oito sons de cada banda. Houve grande repercussão no underground, entre os punks hermanos. Nossa audiência nas plataformas de streaming aumentou substancialmente. Nossas canções desse primeiro split foram retiradas de "b-sides" de 2017.

Outra novidade é a coletânea batizada como "Punk do Mato". Em breve será lançada com exclusividade na Bolívia, em formato físico e digital. O trabalho está belíssimo, e logo estará na praça. As outras novidades são "surpresas". Mas adianto o quase spoiler: até o meio do ano ao menos, teremos mais três lançamentos internacionais em formato físico.

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Depois de uma coletânea que saiu há muitos anos em CD no Peru, entrevistas em rádios no Uruguai, Argentina, e participação em diversas coletâneas, cada vez mais estreitamos a amizade com os vizinhos. O cenário é forte e unido. Tocamos com bandas do Uruguai, México, com os Los Vigilantes de Porto Rico, e eu me amarro em literatura latino-americana, não vivo sem ler Eduardo Galeano, Pablo Neruda, Cortázar, só pra citar alguns.

Certa vez, numa noite muito bacana, uma rádio de Buenos Aires me entrevistou, minutos após ligar pra Londres e entrevistar Charlie Harper, o frontman do UK SUBS (lendária banda punk formada em 1976 e na ativa, que tem uma verdadeira legião de seguidores, dia desses vi uma apresentação deles no Wacken Open Air, os caras são lendas, precursores). Esse programa tinha entrevistado poucas bandas brasileiras, acho que só o Ratos de Porão, o Garotos Podres e o Garrafa Vazia. Foi um momento muito especial.

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Então, somos bem próximos e somos bem aceitos pelos fãs, amigos, ouvintes, que curtem punk rock na América Latina. Como digo, isso é o corre, o corre é de anos e anos. Quase fomos pra lá para uma tour, mas aos quarenta e cinco do segundo, o estádio de rugby, palco do festival foi interditado. Bandas do Chile, de várias partes da Argentina, Paraguai estavam loucas pra tocar com a gente.

Agora, ainda temos outras novidades que não posso contar ainda, inclusive que envolvem futuros lançamentos aqui e no exterior e shows, quando o pesadelo do COVID ao menos arrefecer.

Recentemente saímos numa coletânea na Indonésia, com o UHRIT, lendária banda finlandesa, e bandas do mundo todo, Coréia do Norte, Suécia, Bósnia, Malásia – e do Brasil teve Garrafa Vazia, Punkzilla e Ansiolíticos.

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Voltando agora aos discos que virão. Claro, o processo de composição é incessante.

Estamos em pré-produção na responsa para o sucessor de "Birinaite Apocalipse", álbum que em breve chega em CD lançamento da Red Star. A expectativa é grande. Temos várias músicas prontas e não paramos de compor, ensaiar.

Somos muito gratos por contar com selos no Brasil inteiro pra fazer uma distribuição eficiente. E acima de tudo, somos muitos gratos à Red Star. Temos dois álbuns lançados pela Red Star. A gravadora ,que lança as bandas mais fodas, que trabalha, trabalhou com vários nomes de peso do punk, hardocre e metal, como AGROTÓXICO, FLICTS, RATOS DE PORÃO, CAVALERA CONSPIRACY, NEW MODEL ARMY, DOA (banda símbolo do começo do punk no Canadá) dispensa maiores apresentações. É muito gratificante ser uma banda do interior e depois de um corre de anos e anos estar numa gravadora deste porte, na moral.

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A banda nunca vai parar, somos bem conectados, e as novas composições estão seguindo essa linha punk 77, punk 80 do Brasil, hardcore punk old school, protesto porrada mas com o jeitão, a identidade Garrafa Vazia, seja nas letras, abordagem, sonoridade.

MR: Toda banda passa por problemas quando está tocando ao vivo. Conte algum perrengue que vocês já passaram.

MM: Vixi, são vários [perrengues]. Ainda vou escrever um livro.

Uma vez, agitando num show, pulei e "afundei" junto com o palco. Furei o bagulho. Meio corpo pra cima, meio corpo pra baixo. E continuei tocando, metade do corpo afundada junto com o buraco no palco, e o show era na rua, foi demais! Com a unha estourada, sangue para tudo que é lado, continuei palhetando meu baixão Thunderbird - o técnico da mesa de som ficou de cara! O show era em praça pública, foi uma loucura.

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Perrengues acontecem. O negócio é tocar e tocar. Seguir na estrada, ter paciência e sempre se valorizar, exigir o justo, o mínimo né?

E com o Garrafa não tem essa de "tempo ruim". Sempre que estoura corda durante uma apresentação e não dá tempo de trocar, ou algum imprevisto surge, não damos a mínima, continuamos ainda mais "cabulosos". O punk rock não pode parar. Porque no fim das contas, punk rock é isso, espontaneidade e energia, autenticidade e revolta correndo pelas veias.

MR: Para finalizar, deixe um recado para os leitores, Marião!

MM: Obrigado pelo espaço, Mateus! Muito obrigado, de coração, irmão. É uma honra estar no Whiplash.net, que acompanho desde a época da internet por conexão discada.

Graças ao jornalismo cultural e toda seriedade de vocês, a cena tem um ponto referência, longevo – e assim prossegue sempre mais fortalecida. Obrigado pela oportunidade. E para a galera, o negócio é simples: banda é celebração, ouçam discos, viajem nas capas, nas letras, encontrem pessoas com as mesmas afinidades e objetivos musicais - montem festivais, zines, apoiem o underground de verdade e não fiquem ditando regras. Não passem pano pra vermes, fascistas, essas pessoas são desprezíveis. E lembrem-se underground é vida – e no meu caso, o punk rock salvou minha vida – e é isso, dá-lhe Garrafa Vazia, chefia!

O GARRAFA VAZIA é formado por Mario Mariones (baixo e vocal), Vancil Cardoso (guitarra) e Ralph Faust (bateria). Para conhecer melhor o trabalho da banda, acesse o perfil no Spotify e nas redes sociais.

Mais informações:
https://www.instagram.com/garrafavaziaoficial/

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Sobre Mateus Ribeiro

Fã de Ramones, In Flames e Soilwork. Ouve (quase) tudo, desde rock clássico até black metal.
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