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AttracthA: Entrevista com o baterista Humberto Zambrin

Por Pierre Cortes
Fonte: Site oficial da banda
Postado em 26 de novembro de 2017

Recentemente realizamos uma rápida conversa com Humberto Zambrin, baterista do AttracthA. Eles nos relatou diversos detalhes sobre a carreira da banda, o lançamento e a repercussão do primeiro Full-length, a abertura para a tour do Edu Falaschi, os planos para o futuro e ainda nos deu algumas informações sobre seus projetos como baterista.

Confiram e conheçam um pouco mais sobre o grupo!

O ATTRACTHA foi formado em 2007. Como surgiu a ideia de formar a banda, a concepção sonora e de onde vem a inspiração para a criação do nome?

Humberto Zambrin: Em 2007 eu conheci o Ricardo (Oliveira) - guitarra - e após uma ou duas conversas decidimos iniciar um projeto musical juntos. Essa foi a primeira ideia para o nascimento do AttracthA. Na época, o Ricardo estava muito vidrado em Hard Rock e eu sempre fui um cara mais do Thrash Metal, então tivemos que conversar um pouco sobre a sonoridade e me lembro bem de termos as mesmas ideias: fazer a música pela música, não pelo músico. Utilizar tudo que for bom e que tivesse uma boa sonoridade para termos nosso som. Não haveria rótulos. Já o nome veio muito depois. Na verdade consideramos que o AttracthA só começou em 2012, com a consolidação da primeira formação. Antes disso foi só um laboratório musical mesmo. Quando fomos escolher o nome, eu tive a ideia de usar um nome feminino, histórico e emblemático, com a finalidade de homenagearmos as mulheres do mundo todo. O nome AttracthA veio de Attracta, uma santa irlandesa da igreja católica que foi canonizada por possuir o dom da cura. Mudamos a grafia e lá estava o nome!

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A banda fez os seguintes lançamentos: O EP "Engraved" em 2013, o single "Unmasked Files" em 2015, "No Fear to Face What’s Buried Inside You", o primeiro Full, em 2016. Como você avalia a evolução musical da banda desde o primeiro EP até o último trabalho?

Humberto Zambrin: Bom, nesses 3 anos, alguns músicos mudaram na banda, então era esperada uma pequena mudança no conteúdo musical, mas não era tanto. Hoje vejo que do EP até o Full, em apenas 3 anos, nós amadurecemos muito musicalmente, criamos mais entrosamento e o som ficou mais pesado em virtude das atuações do Guilherme Momesso e do Cleber Krichinak. Coisas naturais da evolução mesmo, nada muito pensado, a não ser o fato de termos abaixado a afinação do Engraved para o "No Fear…"

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Por qual motivo o grupo optou por lançar um single antes do lançamento do primeiro álbum?

Humberto Zambrin: "Unmasked Files" veio para apresentar o Cleber como novo vocalista. A entrada dele mudou a estrutura musical da banda e sabíamos que iria demorar um tempo para sair o Full, então decidimos fazer esse single para apresentar a "nova" cara da banda para o Mundo.

O Edu Falaschi é o produtor do álbum. Como vocês chegaram nesse nome e qual motivo da escolha?

Humberto Zambrin: A escolha do Edu se deu pelo fato de todos da banda terem ficado impressionados com a qualidade musical dos álbuns "Motion" e "Unfold" do Almah. Nós realmente fomos muito influenciados por esses dois trabalhos. Um belo dia, "passeando" pelo site do Edu, vi que ele oferecia o trabalho de produtor musical e resolvemos ver como seria. Lembro-me que mandei um email pra ele no dia 23 de Dezembro de 2015. Ele respondeu no mesmo dia e dali marcamos a primeira reunião para janeiro. Mostramos as músicas, falamos por horas e fechamos o acordo… simples e rápido!

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O ATTRACTHA foi a banda convidada para abertura do Rebirth of Shadows Tour do Edu Falaschi. Como se deu o convite e qual foi a repercussão desta apresentação?

Humberto Zambrin: Ah, como diria o narrador do Joseph Climber: Numa bela manhã de sol (risos), o Edu me ligou, acho que era final de Maio, e me falou dessa ideia. Disse que estava colocando o time de ex-Angras para fazer alguns shows (naquela época eram 2 ou 3 shows) e me perguntou se interessaria pro AttracthA estar na abertura do show de SP, uma vez que tínhamos trabalhado juntos e ele acreditava que seria uma ótima oportunidade para nós. Obviamente aceitamos de primeira e fomos nos preparar para isso! O show foi épico para nós, um excelente cartão de visitas para expormos nosso som para um público excelente, numa ótima casa e com uma infraestrutura digna. Muitas bandas ficam anos esperando por isso e tenho que confessar que tiramos o máximo proveito disso. Ótimas resenhas, ótimas críticas, e o melhor, um feedback excelente tanto do público como do backstage da produção.

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Relate sobre a concepção da arte da capa do último álbum.

Humberto Zambrin: A arte da capa é uma idealização minha, principalmente sobre o conteúdo das letras, mas também pela jornada de cada um na banda. É um aglomerado de informações passando sobre muitas coisas. A ideia ficou tão complexa que seria impossível colocá-la numa capa de CD tradicional, então me inspirei no tamanho dos saudosos discos de vinil e depois propus o layout final, para acomodar tudo num CD. Eu realmente recomendo que as pessoas peguem o CD e apreciem a capa, vejam os detalhes e procurem curtir cada pedacinho, como fazíamos na época do vinil mesmo. Há muitas informações, enigmas e mensagens subliminares lá. Vale a pena conferir!

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Como foi o processo de criação das letras e composições das músicas do primeiro Full?

Humberto Zambrin: Todo processo de composição foi dividido em 2 partes: a fase pré-Edu e a pós-Edu (risos). Na verdade, quando iniciamos os trabalhos com o Edu, tínhamos 5 músicas semi prontas. Todo o restante foi composto em estúdio com ele, durante as prés. Até mesmo as que estavam prontas foram revisadas para fazerem sentido com as novas. No geral, o Ricardo vem com a música praticamente pronta, o Guilherme contribui com alguns riffs, montamos a estrutura e ok. Depois disso, trabalhamos as melodias vocais em conjunto e só depois as letras, é a última coisa, pois como eu fiz todas elas, minhas partes de bateria já tinham que estar prontas! Para o "No Fear…", eu resolvi colocar nas letras muitas coisas sobre os sentimentos e desejos do ser humano, até mesmo aqueles que as pessoas têm medo de demonstrar. Daí que veio o nome do álbum!

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Percebemos que a repercussão do "No Fear to Face What’s Buried Inside You" foi muito positiva, visto que vocês foram destaque na mídia especializada. A que atribuem este fato?

Humberto Zambrin: Sim, sim!! O álbum foi eleito melhor do ano em diversos sites, e também esteve na lista de muitos jornalistas como destaque do ano. Para nós foi sensacional! O reconhecimento de um trabalho, dessa forma, para uma banda que até então estava praticamente no anonimato, foi surreal. Realmente ficamos megafelizes com isso. Eu creio que esse sucesso possa ser atribuído ao trabalho árduo que foi fazer o álbum, somado a um excelente trabalho de assessoria de imprensa e marketing que fizemos. Sabe, não adianta nada você ter um bom produto e não conseguir fazer com que ele chegue nas mãos das pessoas. Nesse ponto, fizemos tudo com muito cuidado para que o álbum tivesse a exposição que era necessária.

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Como você avalia o cenário nacional da música pesada?

Humberto Zambrin: Quando pensamos no mercado nacional de música pesada, eu acho que estamos passando por um dos melhores momentos da história! O mercado está bom, aquecido e promissor, basta ver a enorme quantidade de shows e artistas que têm vindo ao Brasil nos últimos tempos! Agora se formos olhar a música pesada brasileira, aí a história muda muito…estamos numa época, no mínimo, sinistra. Temos muitas bandas boas, mas muitas mesmo, porém não temos público para isso. O público no Brasil ainda é muito fechado para o underground, fazendo com que praticamente tudo que temos gire em torno do Sepultura, Angra, Dr. Sin e seus respectivos legados. Só uma parcela muito pequena de pessoas está aberta a conhecer o novo e a dar oportunidade para novas bandas. E olha que não falo de show não, falo de simplesmente ouvir, conhecer…não há nada de mal em se cultuar os clássicos, mas temos que ter cuidado, porque os ciclos artísticos precisam de renovação. Se isso não acontecer, a música pesada brasileira tende a acabar junto com suas bandas clássicas.

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Quais os planos para 2018? Previsões de lançamentos ou novidades?

Humberto Zambrin: Temos muitos planos pra 2018, mas ainda nos parece meio longe! (risos). Lançamos muita coisa em 2017 e ainda temos muito o que trabalhar! Lançamos um minidocumentário sobre a gravação do álbum, acabamos de lançar um lyric vídeo para a música "Victorious" e ainda temos alguns trabalhos em vídeo na agulha para sair em breve! Já 2018 também deve ser um ano de muito trabalho sim, tanto de divulgação do material do "No Fear…" quanto da criação de coisas novas. Pessoalmente não creio que iremos lançar nada novo em 2018, mas já devemos começar a compor para 2019.

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Comente a respeito da coluna no Portal Música Fácil e a iniciativa de dar dicas para os bateristas.

Humberto Zambrin: Minha participação no Música Fácil começou em 2015, quando fui convidado a fazer um vídeo sobre bumbo duplo. Tive muita sorte de até hoje ser um dos vídeos mais vistos do canal. O Leonardo Leomil, dono do canal, gostou tanto que acabou me convidando, no final de 2015, para ter uma coluna fixa falando sobre Rock e Metal na bateria. Eu sempre adorei ensinar e isso foi a realização de um sonho. Desde então, temos trabalhado em conteúdo para ajudar a garotada iniciante, educação de base mesmo, visando desmistificar muitas coisas que tem por aí na Internet. O Música Fácil abriu a porta para o meu blog, onde coloco minha experiência do mundo corporativo dentro do mercado musical para tentar estimular as pessoas e, ao mesmo tempo, fazer com que não cometam os mesmos erros que eu cometi. Como disse, adoro ensinar e esses canais têm sido muito importantes para mim nesse sentido.

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De 2005 a 2007 você tocou fora do circuito da música pesada. Como foi o aprendizado e o amadurecimento ao mergulhar em um universo diferente daquele em que você estava habituado?

Humberto Zambrin: Esses dois anos fora da música pesada foram ricos demais, como qualquer experiência diferente às quais uma pessoa pode se submeter. É importante que o ser humano fique em constante aprendizado e cresça com isso. Não existe caminho certo, nem errado, existem maneiras de se acumular mais ou menos experiência com o amadurecimento. Foi isso que fui buscar fora do Metal, coisas para agregar à minha musicalidade para me tornar alguém melhor. Nesse período estudei com a Lilian Carmona, sem dúvida uma das melhores educadoras de bateria do Brasil, com reputação internacional e só posso dizer que foi fantástico! Pretendo refazer isso novamente, em breve, mas sem abandonar totalmente o Metal!

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Sobre Pierre Cortes

Pierre Cortes, paulistano, bacharelado em Publicidade e em Cinema, amante da fotografia e escrita, apreciador do Heavy Metal e todas as suas subdivisões desde o início dos anos 80, colaborador do Whiplash.Net desde 2011, Twitter - @pierrecortes.
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